A próxima semana deve ser decisiva para a classe política em todo país e a partir dela algumas definições devem ser tomadas, tornando mais claro os movimentos para 2018. Isso porque com o impasse sobre sistema eleitoral e financiamento público de campanha, a Câmara dos Deputados tem um prazo bem curto prazo curto para analisar mudanças que vão valer para a eleição do próximo ano.
Para valer já em 2018, as mudanças no sistema eleitoral precisam ser aprovadas pela Câmara e pelo Senado até o dia 7 de outubro, um ano antes do pleito. A tendência é de que, de concreto mesmo, a reforma política se volte agora apenas sobre duas questões. A ideia é votar dispositivos sobre coligações para deputado e vereador e sobre a cláusula de desempenho para tentar frear a multiplicação de partidos.
No Espírito Santo, assim como no restante do País, todos os holofotes se voltam para essa movimentação em Brasília. Caso se confirme a tendência de ficar tudo do jeito que está, as lideranças, a partir do desenho de uma disputa polarizada, podem começar a articular os partidos que vão estar de cada lado para definir as coligações.
Se mudar o sistema, com o fim das coligações, será a hora do os partidos definirem em quem vão apostar suas fichas. Caso haja a cláusula de barreira, os pequenos partidos tentarão escolher seus palanques para tentar fortalecer suas candidaturas e garantir a eleição de seus quadros. Mas tudo isso depende de algumas posições que podem ser marcadas a partir da definição em Brasília.
A principal delas é sobre o partido pelo qual o governador Paulo Hartung vai disputar a eleição e qual cargo vai disputar. Ele se movimenta para dentro do Estado e no cenário nacional, confundindo a classe política. A princípio, é candidato à reeleição, mas tenta emplacar a história de que é cotado como vice em uma chapa à Presidência da República. A configuração no Estado mudará a partir dessa definição, mas Hartung deve empurrar a decisão até o limite para manter o controle das articulações locais e evitar desgaste.
Enquanto isso, a classe política observa seu movimento por aqui e as articulações em Brasília, para tentar encontrar um caminho mais cômodo para a disputa do próximo ano.