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Vendo a banda passar

O encontro do PPS, no sábado (18) último, em que o prefeito de Vitória Luciano Rezende foi colocado como um possível candidato ao governo do Estado em 2018, chamou a atenção para o movimento do grupo, que se assemelha com uma estratégia muito utilizada pelo governador Paulo Hartung (PMDB), de pulverizar o campo para confundir o mercado.
 
Mas para os observadores, a possibilidade de Luciano Rezende disputar a eleição ao governo não é blefe e o próprio Renato Casagrande deve ter percebido isso. Percebeu tarde, pelo jeito. O prefeito de Vitória, embora tenha saído de uma eleição muito difícil, com uma margem de votos muito pequena em relação ao seu adversário e acumulando desgastes em vários pontos da cidade, tem aventado voos mais altos.
 
Tirando a senadora Rose de Freitas (PMDB), que seria o nome mais forte no grupo, Luciano Rezende está hoje melhor posicionado que o seu vizinho, o prefeito da Serra Audifax Barcelos (Rede). E muito melhor em relação ao ex-prefeito de Vitória Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), que está na planície há uns bons anos..
 
A verdade é que, embora a polarização do cenário político coloque o governador Paulo Hartung e o ex-governador Renato Casagrande no ringue, os dois não estão mais com essa bola toda. Na planície há dois anos, o ex-governador não tem espaço político. No governo, Hartung acumula desgaste, após desgaste com a população e com a classe política. Neste sentido, o cenário aponta um caminho aberto de oportunidades para outras lideranças do Estado.
 
Está mais do que claro para os meios políticos, que o acordo entre Luciano e Renato Casagrande terminou com a eleição de 2016, os dois estão cada vez mais distantes e o prefeito vem ocupando cada vez mais espaço no grupo.
 
Mas Casagrande não está sozinho, pode acabar encontrando abrigo em um palanque inesperado para a classe política. A proposta de fazer par com o senador Magno Malta (PR) na disputa ao Senado, apoiando Ricardo Ferraço (PMDB) na disputa ao governo, pode ser uma boa solução para garantir uma disputa forte. Resta saber se Casagrande topa correr o risco de voltar a enfrentar Hartung, já que o governador é colocado como pretenso candidato ao Senado também.

Fragmentos:

1 – O prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede) está se afastando cada vez mais do Palácio Anchieta, mas não assume qualquer posição de confronto. Tem usado seu líder do governo na Câmara do município, vereador Guto Lorenzoni (PP), para atacar o governo do Estado.

 

2 – Quem também recorreu ao seu interlocutor para passar o recado foi o ex-governador Renato Casagrande (PSB) para comentar o cenário de 2018. Quem fala sobre as propostas de candidatura do prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), o prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), e do ex-prefeito de Vitória, Luiz Paulo (PSDB), foi o vice-presidente do PSB Luiz Ciciliotti.

3 – A partir do próximo ano a polêmica sobre o número de habitantes e o número de eleitores de Presidente Kennedy, no litoral sul do Estado, pode acabar. O município vai passar por recadastramento biométrico para a realização das eleições de 2018. O município tem a 12.416 eleitores e 11.221 habitantes.

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