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Escola Viva, apartamento de Hartung e tragédia do rio Doce foram destaques em 2015

O jornal Século Diário encerra o ano de 2015 com uma coletânea das reportagens mais lidas no período. No ano inaugural de seu terceiro mandato, o governador Paulo Hartung (PMDB) acabou sendo personagem dos conteúdos de maior repercussão. A reportagem mais lida de 2015 foi sobre a aprovação, pela Assembleia Legislativa, do programa Escola Viva, principal bandeira de campanha do peemedebista, mesmo sob protestos da comunidade escolar. Também receberam atenção dos internautas de Século Diário, as transações milionárias em torno de um apartamento de luxo de Hartung, o júri popular do Caso Alexandre, além de questões ligadas ao meio ambiente, como a CPI do Pó Preto, e o crime ambiental da Samarco/Vale-BHP.

A reportagem sobre a aprovação da Escola Viva, no mês de junho, registrou mais de 24 mil mil acessos diretos, além de 2,4 mil compartilhamentos nas redes sociais. Esses números demonstram o interesse do público em torno do projeto de marketing de Hartung, que era alvo de polêmicas somente na Grande Vitória à época e hoje se estende para o interior do Estado. O Projeto de Lei Complementar 4/2015, que institui o turno único em escolas do ensino médio da rede estadual, foi aprovado por 22 votos contra três. Apenas os deputados Sérgio Majeski (PSDB), Bruno Lamas (PSB) e Amaro Neto (PPS) votaram contra a matéria que tramitou por mais de cem dias na Casa.

Outro assunto que esteve entre os mais lidos no ano envolveu as negociações de compra e venda de um apartamento de alto padrão por Paulo Hartung, no Barro Vermelho, bairro nobre da Capital. Em junho, o jornal Século Diário revelou que o imóvel registrado pelo governador em maio de 2011 pela bagatela de R$ 48 mil, e vendido no mesmo dia por R$ 2,1 milhões, trocou de mãos novamente em pouco mais de três anos. O apartamento com área total de 621,9 metros quadrados – destas, 504,85 m² de área construída – com quatro suítes, três varandas e duas salas foi vendido ao empresário Fábio Nascimento Varejão e a mulher por R$ 3,02 milhões.

Além da reportagem sobre a venda do imóvel (foto do prédio, acima), o jornal também noticiou o arquivamento do inquérito policial contra o governador, que apurava a eventual prática de crimes contra a ordem tributária na transação. A reportagem publicada em outubro informou que o juízo da 4ª Vara Criminal de Vitória acolheu a manifestação do procurador-geral de Justiça, Eder Pontes da Silva, que não vislumbrou a ocorrência de crime no negócio.

O nome de Hartung também esteve presente nos depoimentos do júri popular dos acusados de mando da morte do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, realizado em agosto depois de vários adiamentos. Durante o depoimento das testemunhas, o secretário-chefe da Casa Militar do governo Hartung na época do crime, coronel Luiz Sérgio Aurich, revelou que um primo do peemedebista foi preso juntamente com um dos executores do crime, Odessi da Silva Martins Júnior, o Lumbrigão.

Ao final dos sete dias de julgamento, o coronel da reserva da Polícia Militar, Walter Gomes Ferreira, foi o condenado a 23 anos de reclusão em regime fechado. Outro réu no processo, o ex-policial civil e empresário, Cláudio Luiz Andrade Baptista, o Calú, foi absolvido, à unanimidade, pelos jurados. Falta a realização do júri do último acusado de mando, o juiz aposentado Antônio Leopoldo Teixeira, que recorre nas instâncias superiores contra a realização do julgamento. O Ministério Público e a defesa de Coronel Ferreira apresentaram recurso contra a decisão, que será examinado pelo Tribunal de Justiça.

As questões ligadas ao meio ambiente também não ficaram de fora da lista dos conteúdos mais lidos no ano de 2015. O problema do pó preto na Grande Vitória e a tragédia ambiental no rio Doce foram os assuntos mais acessados na editoria de Meio Ambiente. Mas chama atenção que os internautas acompanharam de perto a atuação dos deputados estaduais, a quem cabe a fiscalização das ações do governo. Em fevereiro deste ano, o jornal Século Diário denunciou que a maioria dos parlamentares da região se omitiu de participar da CPI do Pó Preto, que encerrou seus trabalhos sem determinar ações concretas para mitigar o problema, reforçando as suspeitas de que seria uma investigação “chapa branca”.

No caso do crime ambiental da Samarco/Vale-BHP, o jornal publicou a relação dos deputados que receberam doações de campanha das empresas envolvidas no rompimento da barragem de Fundão, em Minas Gerais, no último dia 5 de novembro. A onda de lama com resíduos de mineração afetou todo o ecossistema e a vida dos moradores dos municípios banhados pelo rio Doce, deixando um rastro de destruição ecológica e caos social nas cidades de Baixo Guandu, Colatina e Linhares. A pluma de lama atingiu o mar e ameaça toda a faixa litorânea do Espírito Santo.

Na área da Justiça, os altos salários de magistrados e membros do Ministério Público estiveram no centro das atenções. Em junho, o jornal Século Diário repercutiu um levantamento feito pela revista Época, que revelou os verdadeiros salários de juízes, desembargadores, promotores e procuradores de Justiça. Os vencimentos dessas autoridades extrapolam – em muito – o teto constitucional, graças à incorporação de benefícios, os chamados “penduricalhos” – que teriam sido inventados para engrossar os contracheques de suas excelências, como revelou a publicação.

Isso tudo no ano em que o Tribunal de Justiça do Estado teve que adotar medidas de ajuste, como a demissão de servidores comissionados, devido ao estouro do teto de gastos com pessoal, previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

 
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