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Iases abre procedimento administrativo contra servidor preso na Operação Pixote

O Instituto de Atendimento Socioeducativo do Estado (Iases) instaurou Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra Antônio Haddad Tápias, ex-diretor técnico da autarquia, que está preso por força da Operação Pixote, que apurou um esquema de corrupção envolvendo os contratos entre o Iases e a Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis). 

 
A abertura do PAD está publicada na edição desta sexta-feira (26) do Diário Oficial do Estado e vai apurar a responsabilidade administrativa do servidor relativa ao suposto uso inadequado de verbas e erário público, gerando supostas lesões ou dilapidações ao patrimônio do Estado. 
 
Antônio figura no inquérito da Operação Pixote como a pessoa que deu respaldo técnico para o contrato do Iases com a Acadis e negou informações à Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont). 
 
Além disso, a apuração das denúncias apontou o envolvimento de Toninho, como o servidor é conhecido, no esquema de violações de direitos humanos no sistema socioeducativo. Braço direito da ex-diretora presidente da autarquia Silvana Gallina, Toninho era acusado de incitar motins para desestabilizar o sistema e mostrar que o modelo do presidente da Acadis, o colombiano Gerardo Mondragón, deveria ser estendido a todo o sistema. A essa altura, Mondragón, que também está preso, comandava a gestão das unidades de Cariacica e Linhares (norte do Estado) e tinha a intenção de integrar Xuri.
 
No dia 18 de outubro, o juiz da 3ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública Estadual, Manoel Cruz Doval, determinou o bloqueio de bens de 18 pessoas e duas empresas que foram denunciadas na Operação Pixote. Dentre eles o servidor Antônio Haddad e Silvana.  Ao todo, o bloqueio chega a R$ 30,6 milhões, valor das supostas fraudes em contratos do Iases. 
 
O magistrado considerou a existência de “indícios retumbantes” de irregularidades na contratação de Gerardo Mondragón para dar consultoria ao instituto, em 2006. Além de não reconhecer a notória especialização do colombiano, o magistrado acolheu a tese do MPES de fraudes no valor dos serviços – cerca de R$ 115 mil por cinco meses de consultoria –, que foram ratificados pelo então secretário de Justiça Ângelo Roncalli, que pediu exoneração do cargo após a denúncia. 

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