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Iases vai analisar internamente os contratos com Acadis

Depois da auditoria feita pela Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont), de o Tribunal de Contas do Estado (TCEES) ter apontado desvio de R$ 630 mil no contrato entre o Instituto de Atendimento Socioeducativo (Iases) e a Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis), e de a Polícia Civil ter detectado rombo mínimo de R$ 32 milhões entre 2008 e 2011 no erário do Estado, o Iases instaurou comissão de tomada de contas para verificar a regularidade da guarda e aplicação dos recursos públicos.

 
A criação da comissão considera o inquérito policial da Operação Pixote que investiga irregularidades na execução dos contratos entre o Iases e a Acadis referentes às gestões do Centro Socioeducativo (CSE) Cariacica e Linhares (norte do Estado). 
 
A comissão de tomada de contas vai fazer a análise financeira e contábil dos contratos firmados entre a autarquia da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), a Acadis e também do Instituto de Integração Socioeconômica dos Cidadãos (Icisec). O relatório final deve ser apresentado em 30 dias.
 
A portaria que cria a comissão também considera que a Operação Pixote culminou com decisão judicial de decretação de prisão provisória de três servidores ocupantes de cargos estratégicos na estrutura da autarquia, dentre eles Silvana Gallina, então diretora-presidente do Iases, que permanece detida no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Xuri, em Vila Velha. 
 
A Polícia Civil estima que, somente em danos ao erário, o rombo é de no mínimo R$ 32 milhões, valores referentes ao período de 2008 a 2011. A soma é resultado de diversos fatores, dentre eles superfaturamento em contratos com empresas prestadoras de serviço como o Grupo Capixaba de Segurança e Vigilância, ligada ao deputado estadual Da Vitória (PDT) – que recebeu sozinho cerca de R$ 1,5 milhão em superfaturamento – e a Top Clean, que teve valores em torno de 150% de lucro acima do devido e é ligada ao diretor da Acadis, Gerardo Bohórquez Mondragón, que também está preso. 
 
Além disso, o dano também vem de outros gastos indevidos do dinheiro, como em pagamentos de passagens de diretores e outros funcionários da Acadis, incluindo Mondrágon, gastos com cinema, pilates etc.

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