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André Prando vai ganhando o Brasil

“O talentoso cantor e compositor capixaba André Prando é um artista a se prestar atenção, dono de um ótimo repertório indie pop, cheio de referências do folk e rock retrô”, diz o texto do DJ e radialista Patricktor4, autor da coluna Música Quente, num artigo em que indica “20 artistas brasileiros para prestar atenção em 2018”.
Para quem acompanha a cena alternativa capixaba, Prando é mais que uma promessa, é uma realidade. E é bom prestar atenção mesmo, pois em 2018 ele promete um novo disco.
“Estou fechando um ciclo”, diz o artista. Se trata do ciclo iniciado com o lançamento de Estranho Sutil, em 2015, que ainda vem rendendo. O ano passado foi iniciado com o lançamento da regravação do disco em versão ao vivo, feita de forma intimista no estúdio de música da Universidade Federal do Estado (Ufes). E terminou com a versão vinil de Estranho sutil, lançada pelo Selo Ácido. 
Em termos de shows, o artista revela que 2017 foi quando mais rodou, tendo ido com sua banda a sete estados brasileiros, fazendo apresentações e participando de importantes encontros e festivais. E o fechamento do ciclo será em grande estilo: um show do Psicodália, uma espécie de “Woodstock brasileiro”, que acontece durante o carnaval em Santa Catarina.
Voltando ao Espírito Santo, o foco deve ser na finalização do próximo disco, que deve sair em 2018, com a produção do renomado JR Tolstoi. O aperitivo já foi apresentado no ano passado, o single “Em Chamas no Chão”.
André promete uma nova estética, a começar pela temática e letra das canções. Estanho Sutil era introspectivo, sentimental, fruto do acúmulo de alguns anos de experiência de sua juventude. Agora, o artista promete um novo álbum mais “externalizado”, “mais distante de mim”, como diz. A temática deve se voltar mais a temas da sociedade. Um disco talvez mais político, porém longe da música de protesto, possivelmente uma viagem mais filosófica, questionadora, como indica seu estilo. Uma viagem.
O som promete abrir-se ao experimental, num aprofundamento do seu estilo “pop psicodélico”. “Flertando com a psicodelia mas sem medo de passar pelo pop, pelos refrões, privilegiando a letra, que é algo importante em minhas músicas”. Aparatos eletrônicos, guitarras, baixos, sintetizadores, tudo presente. “Mas meu violão segue aqui. É com ele que as músicas nascem de mim”, lembra. Desde que iniciou sua carreira solo, Prando diz sentir-se muito livre para mexer com qualquer ritmo, se sente aberto para o mundo da música e novas experiências, ressaltando sua admiração por artistas como Raul Seixas, Zé Ramalho ou Cássia Eller por esse mesmo desprendimento.
E assim seus ouvidos seguem atentos para novos talentos da cena alternativa como Boogarins, Fransciso El Hombre, Fepaschoal, que ouve e recomenda. E claro, sempre recorrendo aos clássicos como Alceu Valença, Belchior, Sérgio Sampaio e também estrangeiros como Seann Lennon, a psicodelia de Kula Shaker ou John Fusciante, ex-guitarrista do Red Hot Chilli Peppers, que considera como um guru.
Pode-se esperar que o novo disco de André Prando já nasça com mais peso, fruto do acúmulo quase três anos circulando na cena underground capixaba e nacional, com um nome já conhecido e nova produção, trazendo também outras viagens e questionamentos, de um jovem agora mais maduro, rumo aos 28 anos de idade.
Assim que o trabalho estiver pronto, o artista diz que deve reforçar sua aposta em um trabalho de assessoria de comunicação e imprensa consistente, além de focar na produção de vídeos e streamings, de olho nas novas tendências da internet e da cena independente.
Quem viver, ouvirá.

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