Os editais de “Intervenção Artístico Urbana e Concepção” e “Construção e Instalação de Monumento ao Ofício das Paneleiras”, abertos por meio da Lei Aldir Blanc, no município de Vitória, são alvos de questionamentos à gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos) por artistas de ambos os segmentos.
O presidente do Sindicato dos Artistas Plásticos Profissionais do Espírito Santo, Celso Adolfo, afirma que as artes visuais não estão contempladas de forma ampla. Já Jamilda Bento acredita que não houve por parte da prefeitura um diálogo com o grupo para construir junto o que é melhor para as paneleiras.
Celso informa que o sindicato organiza um abaixo-assinado online para que o edital seja revisto e, também, como forma de alertar a gestão municipal sobre como conduzir os próximos editais no que diz respeito ao segmento dos artistas plásticos. De acordo com ele, por meio da Aldir Blanc, a cidade contempla somente a arte de rua. “Existe muito mais do que o grafite”, afirma, destacando o temor dos artistas de haver desvio de intenções dentro dos editais.
Ela destaca que “as paneleiras são um dos maiores ícones da cultura popular e são merecidas as homenagens”, mas “qualquer coisa, que seja homenagem, benefício, melhoria, tem que ser com e não para as paneleiras, não pode ser de cima pra baixo, pois as paneleiras sabem o que precisam, o que é emergencial”.
Os editais foram lançados pela prefeitura no último dia 3, envolvendo ainda Produção de Audiovisual; Festival de Apresentações das Escolas de Samba de Vitória; Apresentações Musicais; e Teatro, Dança e Atividades Circenses. Os recursos anunciados ao todo são da ordem de quase R$ 1 milhão.