Será nesta sexta (25) e sábado (26) o seminário Museu Vivo – A Experiência do Museu do São Bento – Duque de Caxias, com participação livre. O encontro, que será feito no auditório da Escola Tuffy Nader, na Barra do Jucu, em Vila Velha, contará com os diretores do Museu Vivo, os professores Marlúcia Santos de Souza e Antônio Augusto Brás, além da arquiteta e ex-superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Rio de Janeiro (Iphan), Maria Cristina Vereza Lodi, entre outros colaboradores locais.
O seminário é um anseio da Culturada Viral, grupo que se reúne há algum tempo, já que a Barra do Jucu, em Vila Velha, vem se mostrando como um polo cultural. São artistas de todos os tipos, além de um movimento esportivo e ambiental forte no local. Com toda essa movimentação, os moradores já conseguiram organizar um grande evento no mês de maio, que agregou apresentações musicais, cineclubes, Roda de Congo, saraus, capoeira, caminhada ecológica, entre diversas outras atividades.
Agora, a Barra do Jucu se prepara para receber um projeto que, se aplicado, pode abrir as portas para que o espaço seja um ponto fixo de visitação cultural. É o projeto Museu Vivo, que se baseia na experiência do Museu do São Bento, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. O projeto é, como o próprio nome já indica, uma casa de memória que concentra a história e a cultura de um lugar específico, o já citado Duque de Caxias.
“O Museu Vivo de São Bento nasceu de um incômodo de professores de Duque de Caxias inconformados com a falta de estudos sobre a cultura local, sobre o fato de não ter espaço para estudá-la e, ainda, presenciando tal cultura se perder ao longo do tempo. Dessa forma, numa proposta de resgatar história, surgiu a proposta de criação do Museu, que foi logo aprovada pelo Iphan. Hoje o Museu funciona num casarão tombado pelo patrimônio histórico”, detalha Regina Ruschi, que integra a Comissão do Culturada Viral.
O espaço de São Bento reúne, então, exposição de acervos, dinâmicas pedagógicas mais intensas, além de maior sensibilidade acerca do trabalho museal, o que permite, de acordo com o Museu Vivo de São Bento, um aprofundamento do olhar sobre os acervos e a história contada.
Para Regina Ruschi, a Barra do Jucu carece exatamente de um projeto como esse, pois é um local com intensa atividade cultural aflorada e que sempre busca inovações na área. “Moro há 18 anos na Barra do Jucu e vejo que a comunidade tem uma criatividade assombrosa na questão cultural. Lá tem muita história, muitos personagens decisivos para a construção desse movimento cultural e tudo feito de forma muito integrada. É preciso que esse movimento seja contado e compartilhado. E esse é um projeto que pode firmar a Barra como um polo cultural mais reconhecido”, acrescentou.
O objetivo do seminatá é de que artistas e moradores conheçam os desafios de aplicação do projeto Museu Vivo e, assim, possam trabalhar a ideia para que, futuramente, seja criado o Museu Vivo da Barra do Jucu – com ou sem patrocínios e parcerias.
Serviço
O seminário Museu Vivo – A Experiência do Museu do São Bento – Duque de Caxias: subsídios para a criação do Museu Vivo da Barra do Jucu será realizado nessa sexta-feira (25) e sábado (26), no auditório da Escola Tuffy Nader – rua Antônio Fonseca, Barra do Jucu, Vila Velha. A participação é livre.