Pierrôs, colombinas, marinheiros, arlequins e damas antigas são algumas das fantasias típicas dos antigos carnavais realizados em bailes e ruas resgatados pelo bloco do Corso Carnavalesco. O grupo inicia suas comemorações nessa quinta-feira (12), a partir das 19h, no Triângulo das Bermudas, que fica na Praia do Canto, em Vitória. Por lá eles farão um rota por ruas próximas. A realização do bloco é do Centro de Cultura Guaananira e a participação é livre. O Corso surgiu em Vitória em 2007, idealizado pela atriz e diretora de teatro, Verônica Gomes.
Neste ano, o bloco levará para as ruas uma homenagem especial a Alexandre Lima – músico que ocupou o cargo de secretário de Cultura de Vitória, mas deixou o ofício após sofrer um aneurisma em novembro de 2014. O Corso apresentará uma ala intitulada Guerrilheiros da Cultura, para lembrar o nome de Alexandre e realizar a venda de camisas cujo recurso financeiro arrecadado será para ajudar no tratamento dele. Cada camisa custa R$ 40,00 e será vendida no dia do desfile.
O bloco contará com as apresentações musicais das bandas Os Guardiões do Corso e Manguerê. O primeiro grupo surgiu dentro do projeto do Corso Carnavalesco e é composto por 14 músicos responsáveis por trazer à memória as antigas cantigas de carnaval e as famosas marchinhas. Já a banda Manguerê é do Ponto de Cultura Caieiras, coordenado pelo músico Fábio Carvalho, e inclui em seu repertório o reggae.
Este é o primeiro ano, desde 2007, em que o bloco não abre o carnaval do Centro de Vitória, o que fez com que ele mudasse de local, como explica a idealizadora Verônica Gomes. “A prefeitura não contratou o bloco neste ano. Não sabemos o real motivo dessa decisão, mas nos foi falado que a Comissão de Carnaval queria uma nova atração para abrir o período carnavalesco. E aí, para não deixar nossa comemoração acabar, resolvemos por conta própria organizar o evento. Como temos muitos amigos na Praia do Canto, e que gostam do Corso, migramos para lá de forma independente”. O desfile que o Corso realiza remete a uma tradição de muito tempo, as primeiras décadas do século XX, quando começaram a surgir os desfiles de carnaval com automóveis sendo exibidos e realizando o trajeto com os foliões. Com o tempo esse tipo de comemoração se tornou uma das principais atrações do carnaval carioca, o que possibilitou migrar para outras partes do Brasil. “Toda a nossa organização atualmente conta com uma rede de colaboração, desde as bandas aos carros. Inclusive, será muito bem-vindo quem tiver carro antigo em casa e quiser se unir a nós para desfilar no Corso Carnavalesco. Vamos fazer um carnaval muito animado”, acrescentou Verônica.
As camisas do bloco estão à venda no Ateliê da Gabi, na rua Nestor Gomes; e também na loja Patrícia Viana, rua Graciano Neves, 179, ambas no Centro de Vitória. A expectativa é levar para o Triângulo das Bermudas cerca de 400 pessoas e não é preciso fazer aquisição das blusas do bloco, já que a participação é livre.
Serviço
O bloco do Corso Carnavalesco realiza concentração nessa quinta-feira (12), às 19h, no Triângulo dos Bermundas, Praia do Canto, Vitória, A participação é livre.
