sábado, novembro 23, 2024
21 C
Vitória
sábado, novembro 23, 2024
sábado, novembro 23, 2024

Leia Também:

Carnaval 2024: música de Vander Costa vai animar festejos em Recife e Olinda

Mais na coluna: Queimados; Lei Paulo Gustavo; Lei Paulo Gustavo Cariacica; e Acessibilidade

A música Banho Pelado, composta por Vander Costa, de Ecoporanga (noroeste do Estado), e que faz parte de seu primeiro álbum, Bota Fé, lançado em julho último, vai animar o Carnaval 2024 nas cidades pernambucanas de Recife e Olinda. A canção será gravada em ritmo de frevo, por meio de uma parceria com o maestro Parrô Mello, que vai fazer para a canção capixaba um arranjo “mais com cara de Recife”, conforme afirmou para a coluna.

Luciana GB

A música será tocada no carnaval de Recife e Olinda pela orquestra do maestro Parrô Mello, que se chama Na Levada do Frevo, compondo, junto com as músicas tradicionais, o repertório do Carnaval 2024. Além disso, Vander Costa viaja em janeiro para a capital pernambucana. A ideia, afirma o maestro, é levá-lo para as rádios locais. A coluna deseja sucesso para Vander no carnaval pernambucano.

Como surgiu a ideia

Vander relatou à coluna que a ideia de fazer uma versão em frevo surgiu da advogada e escritora pernambucana que vive no Espírito Santo, Marcela Guimarães Neves. Em visita recente a sua terra natal, ela apresentou a música ao maestro Parrô Mello, que aceitou a empreitada. Parrô é saxofonista, clarinetista, arranjador, compositor e produtor, além de graduado em Música pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Banho Pelado

Banho Pelado foi a primeira música composta por Vander. Conversando com uma pessoa receosa de tomar banho no rio por causa do fato de a roupa molhar, Vander respondeu “só tem um jeito de não ficar molhado, tomar banho pelado”. O músico Jessé Paixão, então, musicalizou a frase, transformando-a no refrão da música que depois foi composta. 

Queimados 

Divulgação

O professor do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), José Antônio Martinuzzo, vai lançar, na próxima terça-feira (31), o livro Insurreição do Queimado – 140 anos do Pioneirismo de Afonso Cláudio no livro – reportagem nacional. O lançamento será às 10h, no auditório do Centro de Artes, no campus da Universidade em Goiabeiras.

Pioneirismo

O professor aponta que o livro Insurreição do Queimado, escrito há 140 anos por Afonso Cláudio, pode ser considerado o primeiro livro-reportagem feito no Brasil. O livro de Martinuzzo trata da pesquisa que resultou nessa descoberta. O autor informa que, tradicionalmente, considera-se Os Sertões, de Euclides da Cunha, lançado em 1902, como o pioneiro do gênero do Brasil. Os exemplares de Insurreição do Queimado – 140 anos do pioneirismo de Afonso Cláudio no livro-reportagem nacional serão distribuídos gratuitamente. Também será realizada uma roda de conversa sobre o livro-reportagem.

A Insurreição

A insurreição de Queimados, registrada na Serra, foi sufocada pelas forças imperiais em meados do Século XIX. Ocorreu após a frustrada alforria prometida pelo frei Gregório de Bene em troca da construção da Igreja de São José, inaugurada após quase quatro anos de obras. As lideranças foram ferozmente perseguidas, sendo algumas executadas publicamente. Entre os relatos feitos por Afonso Cláudio, está o da morte dos negros escravizados Domingos (Corcunda) e João (Pequeno), Elisiário e seu irmão, que se chamava João, falecidos no isolamento das montanhas, vitimados pela tuberculose e anemia.

Lei Paulo Gustavo

Facebook

Foi aprovado nessa quinta-feira (26), na Câmara dos Deputados, o requerimento de urgência para o Projeto de Lei (PL) nº 3.942/2023, que estende o prazo de execução dos recursos da Lei Paulo Gustavo até 30 de junho de 2024. A análise do mérito pode ser votada na próxima semana. A extensão do prazo foi reivindicada pelas organizações que agrupam gestores de cultura de diversas partes do Brasil, que assinaram a Carta de Vitória, documento elaborado durante o Encontro Nacional de Gestores da Cultura, realizado em agosto último, na Ufes, reunindo mais de mil gestores municipais, federais e estaduais da cultura.

Não agradou

Mesmo com plataformas já comumente utilizadas por várias gestões, como Prosas e o Mapa Cultural, a Secretaria Municipal de Cultura de Cariacica optou por usar como instrumento para as inscrições dos projetos da Lei Paulo Gustavo o Portal de Parcerias da Prefeitura de Cariacica. O problema é que a plataforma não é das melhoras para esse tipo de atividade e vem dando dor de cabeça para os artistas do município. Embora o edital solicite documentos como currículo da equipe e comprovante de residência, já que 50% dos integrantes do projeto têm que ser moradores de Cariacica, não há espaço no portal para fazer upload dos arquivos.

Não agradou II

O que parece é que as inscrições de forma virtual foram para evitar mais um festival de queixas dos artistas, que na abertura do edital de pareceristas, questionaram o fato de que as inscrições deveriam ser feitas presencialmente, fazendo com que o candidato tivesse que imprimir muitos papéis, como portfólio, que contém links de acesso a informações detalhadas sobre o artista e, portanto, não poderiam ser acessados pelos avaliadores. Mas o tiro saiu pela culatra. Na tentativa de evitar novos problemas, a coisa infelizmente foi feita sem muito planejamento e o festival de críticas se repete.

Acessibilidade

Um dos pontos positivos da Lei Paulo Gustavo é a garantia de parte do orçamento para acessibilidade, que obriga as pessoas a pensar em ações mais inclusivas e até mesmo procurar informações sobre o tema. Muita gente está quebrando a cabeça para escrever os projetos, o que infelizmente é comum em uma sociedade em que praticamente tudo é feito para pessoas sem deficiência. Quando as medidas de acessibilidade não fazem parte do cotidiano, fica bem mais difícil pensar em projetos que as contemplem.

Aumento de recurso

Exigir a acessibilidade é importante, mas as gestões também precisam compreender que, para garanti-las, é necessário aumentar os recursos financeiros disponibilizados por meio das políticas de cultura. Em conversa com uma profissional do audiovisual, a coluna questionou a ausência de intérprete de libras em uma de suas produções audiovisuais, obtendo como resposta que não havia recurso suficiente no edital no qual seu projeto foi contemplado.

Até a próxima coluna!

Email: [email protected]

Mais Lidas