Iniciativa vai monitorar leis e a aplicação de recursos. Professora, do PT, é cotada para a eleição de 2024 em Cariacica
A professora e ex-secretária de Educação de Cariacica, Célia Tavares (PT), vai coordenador o escritório do Ministério da Cultura (Minc) no Espírito Santo. Cotada para disputar a prefeitura novamente em 2024, como candidata única contra o prefeito Euclério Sampaio (União), o cargo amplia sua visibilidade, mas ela evita antecipar o debate eleitoral: “Meu foco é a coordenação do escritório. Essa discussão terá momento adequado”.
A nomeação de Célia ainda não foi publicada, mas ela informa que sua atuação na coordenação já é garantida. A criação dos escritórios como unidades descentralizadoras está prevista no Decreto 11.336, de 1º de janeiro deste ano, possibilitando, conforme afirma, a mediação entre os municípios, estado e a sociedade civil e o Minc, além de dar suporte logístico e operacional para as políticas de cultura.
“Quem executa as políticas são os municípios e estados, mas é um recurso federal. Muitas vezes, porém, nem sempre é dado o crédito à origem do recurso. Seremos representação institucional, atuaremos na colaboração e mediação, como nas questões relativas à execução das leis de incentivo à cultura”, explica.
O escritório terá quatro eixos. Um deles é o da articulação, que trata justamente dessa mediação. Para isso, além de Célia, contará com um diretor e um cargo de chefia. Outro é dos servidores. A professora informa que foi aberto um edital de seleção para os servidores públicos federais que tivessem interesse em atuar no Minc. Segundo ela, trata-se de uma questão de agilidade, pois contratar novos funcionários, demandaria mais tempo. Para o Espírito Santo, três servidores foram selecionados.
“Como disse a ministra Margareth Menezes no Encontro Nacional de Gestores de Cultura, neste momento não podemos falar que não há recurso para a cultura, porque tem. Por isso, temos que acompanhar como esse dinheiro vai chegar aos fazedores de cultura, se de fato vai atingir a sua finalidade”, destaca, referindo-se ao evento realizado nesta semana na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), campus de Goiabeiras.
“No Encontro Nacional, teve uma interação dos trabalhadores da cultura com os gestores. Os trabalhadores apresentaram sugestões, como a criação de cotas nos editais, pois facilita para que os recursos cheguem a determinados grupos, para que se democratize o acesso”, relata.