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‘Cine Defensoria’ promove sessão sobre feminismo negro

 
Nesta terça-feira (10), às 19h30, o Cine Defensoria, organizado pelo Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado, promove um debate acerca do feminismo negro, a partir da exibição de três curtas, Cores e Botas (foto acima), da diretora Juliana Vicente; Raiz Forte: infância, da capixaba Charlene Bicalho; e Negro Lá, Negro Cá (teaser de capa), de Eduardo Cunha. Os filmes serão exibidos no Cine Metrópolis, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Goiabeiras, com entrada livre. 
 
A proposta do Cine Defensoria é fomentar a reflexão e o debate sobre questões sociais a partir da temática dos direitos humanos. Dentre as discussões já levantadas pelo núcleo estão as problemáticas da redução da maioridade penal, por exemplo. Desta vez a discussão gira em torno do Feminismo Negro, um movimento social que tem como objetivo promover e dar visibilidade às suas pautas dos direitos das mulheres negras e de seus espaços na sociedade. Ao final das exibições será feito um debate com a plateia.
 
 
No vídeo acima está o curta Raiz Forte: Infância. Este é só um dos episódios do projeto Raiz Forte, que iniciou suas atividades com uma série de vídeos sobre o cabelo crespo e a mulher negra, passando da infância até a vida adulta e, assim, destacando os preconceitos sofridos e a descoberta da identidade negra. Especificamente neste episódio, que será exibido no Cine Defensoria, mulheres já adultas relatam como suas mães cuidavam de seus cabelos e como elas, ainda crianças, planejavam cuidar quando adultas, destacando as tranças, por exemplo.
 
Aliás, há poucas semanas o Raiz Forte lançou um site para o projeto e apresentou um vídeo de uma nova série audiovisual, que destaca as vivências de mulheres negras não só do Espírito Santo, mas representantes de diversos Estados e até países. O primeiro episódio apresenta a educadora, musicista e artesã, Xis Makeda. 
 
Já o curta Negro Lá, Negro Cá, apresenta também a partir de relatos, as histórias de quatro negros, Alfa Umaro Bari (Guiné-Bissau), Andy Monroy Osório (Cabo Verde), Cornelius Ezeokeke (Nigéria) e Manuel Casqueiro (Guiné-Bissau), que são imigrantes africanos e moram em Fortaleza, no Ceará. Eles falam sobre o que é o racismo, o que eles pensam sobre o assunto e como lidam com a relação de opressão – destacando o que muitos brasileiros lhes questionam e o quanto os questionamentos são preconceituosos. 
 
E em Cores e Botas, de 2010, a trama, contextualizada nos anos 90, apresenta a história da menina Joana, uma criança negra, que sonha em ser dançarina do programa da Xuxa, as famosas paquitas. Na escola ela participa de um teste para a seleção de paquitas de uma peça teatral e, assim, começa a perceber que o fato de ser negra faz com que muita gente duvide de sua capacidade.
 
Serviço
 
O Cine Defensoria sobre Feminismo Negro, com os filmes Cores e Botas, Raiz Forte: infância e Negro Lá, Negro Cá, terá realização nesta terça-feira (10), a partir das 19h30, no Cine Metrópolis – avenida Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras, Vitória. A sessão é aberta ao público. 

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