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Coletivo abre inscrições para oficina poética focada na literatura marginal

 
É muito comum o discurso de que a juventude não se interessa muito por literatura. Contudo, a partir de iniciativas de diferentes abordagens, diversos projetos de fomento à literatura mostram uma realidade um tanto diferente. E tem sido exatamente assim com o coletivo Literatura MarginalES, que atua há pouco tempo em Vitória, mas já apresenta diversas conquistas no trabalho com a juventude e a literatura marginal. 
 
“A gente busca fazer um trabalho diferenciado.Percebemos que os jovens escrevem sim, mas não se reconhecem como escritores e produtores de literatura. Então, nosso coletivo atua para trabalhar com essa juventude a escrita a partir da realidade deles. Nosso ponto de partida é trabalhar o contexto deles, o mundo de cada um, mostrando que eles podem escrever e falar do que quiserem”, explica um dos cinco integrantes do Coletivo, o jovem Juplin Jones, que afirma que a lógica tem dado certo até então. 
 
O Literatura MarginalES é um coletivo novo que realizou suas primeiras ações de sarau e oficina em Cariacica, com os jovens de lá. A adesão foi  intensa e, atualmente, o grupo oficializou não só as atividades do Sarau Quebrando o Silêncio, mas da oficina de criação poética, que está com  inscrições abertas a todos os jovens interessados até a quinta-feira (31), quando será realizado o evento – dessa vez na Casa da Juventude, em Vitória, a partir das 15h. As inscrições na atividade são gratuitas e devem ser feitas pela internet. 
 
Nessa segunda edição do ano, o sarau terá início logo após o término da oficina, de forma a integrar as duas atividades. E os convidados na programação são a escritora Karen Almeida e o grupo Máfia Mc's. “A ideia é dividir espaço com pessoas que têm a mesma ideia de circulação e produção de literatura que a nossa. Nessa edição por exemplo, covidamos a Karen, porque entendemos que a participação da mulher nesse ambiente é necessária. Nossos saraus atuam no sentido de trazer os escritores que encontram restrições para tratar sua produção literária. A Karen trabalha a questão racial em  sua escrita e isso é muito importante, já que estamos lidando com jovens que, em sua maioria, são negros vindos de comunidades da região de São Pedro, em Vitória”, detalha Juplin.
 
Já o grupo de rap Máfia MC's atua dentro da própria comunidade de São Pedro e, dessa forma, conseguem atrair o público local. E, antes disso, a  participação deles também está atrelada à literatura marginal, como conta Juplin. “Nós da literatura temos muita aproximação com o rap, visto que tudo é poesia. O rap é uma manifestação poética que emana da periferia. Diante disso ele também se faz necessário no espaço, assim como outros estilos musicais que buscaremos integrar em nossas programações”.
 
 
Serviço
 
A Oficina de Criação Poética e o Sarau Quebrando o Silêncio serão realizados na quinta-feira (31), a partir das 15h, na Casa da Juventude – rua Guilherme Basini, 13, São Pedro I, Vitória. O evento é aberto ao público. 

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