Pais de primeira viagem, o artista plástico Filipe Borba e a assistente social Júlia Guimarães acabam de lançar o financiamento coletivo (crowdfunding) para o projeto Rascunho de Pai, História de Mãe #1. Trata-se de um livro que conta a vivência dos dois durante a gestação de sua primeira filha, Marina, através desenhos que hora são rascunhos, quadrinhos e cartoons que ilustram histórias.
Com previsão de lançamento para o próximo mês de agosto, a publicação ao mesmo tempo em que traz um relato de experiências que podem ajudar futuros pais e mães a não se sentirem sozinhos nesse novo universo, também diverte, informa e ocupa boas horas de qualquer pessoa interessada em acompanhar as pequenas sutilezas de uma gestação.
O livro será publicado de forma independente e deverá ter continuidade com outras futuras edições acompanhando as histórias da recém-nascida Marina através de desenhos e histórias. O impresso reúne 52 desenhos que foram produzidos entre setembro e dezembro de 2016, período gravidez de Júlia que relata, em primeira pessoa, como foi o seu parto natural.
Na publicação, o jovem casal, ele com 32 e ela com 28, compartilham com humor e delicadeza as suas descobertas e aventuras experimentadas da gestação até o nascimento de Marina.
Para Júlia, a construção de sua maternidade se expressava a cada dia nas intensas mudanças corporais e hormonais. Já para Filipe, a construção do seu lugar de pai se deu como algo menos evidente: “se não nos dedicarmos e formos participativos nunca construiremos esse sentimento e lugar. A partir da participação e da observação da gravidez de Júlia, fui rascunhando a paternidade ao mesmo tempo em que rascunhava, em um pequeno caderno de desenhos, ilustrando os momentos de nossa gravidez. ”, diz Filipe, que chegou a divulgar parte dos desenhos que compõem o livro em seu perfil nas redes sociais.
Júlia conta que teve uma gravidez bem tranquila, com os desconfortos esperados e sem qualquer susto. “A gente fica tão imersa na gestação, tão conectada com nossa essência que ter a oportunidade de absorver o olhar do outro sobre esse processo é muito interessante, principalmente por o Filipe ser pai de primeira viagem também. Ríamos muito a cada novo desenho rascunhado: ‘então é assim que eu tou?’ (risos). Acho que todo mundo que vivenciou ou está vivenciando uma gravidez, sendo mãe, pai ou alguém próximo vai se identificar com muitas, senão com todas, as passagens do livro. Cada gestante é um mundo explodindo vida e dividir o nosso, para mim, é algo gratificante”.