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Lei Paulo Gustavo: comemorar sem esquecer de se mobilizar

Mais na coluna: Grupo Motim de Teatro; Virgínia Mordida; Projeto Ensaios; Pocar; Festival MC 2023; Além da Camisa

O clima de batalha vencida tomou conta de muitos artistas e gestores com o fato de todos municípios capixabas terem se cadastrado na Lei Paulo Gustavo. É uma vitória? É, afinal, tinha gestão que nem ao menos queria se dar ao trabalho de fazer o cadastro e só fez por causa da pressão da classe artística. Entretanto, como bem lembra o Grito da Cultura, a batalha continua, pois fazer o cadastro não significa necessariamente que a cidade receberá o recurso.

Leonardo Sá

O Grito da Cultura defende que a mobilização tem que continuar, pois o plano de ação precisa ser enviado e autorizado pelo Ministério da Cultura (Minc). Após a autorização, os municípios precisam assinar o termo de adesão. “Continuem cobrando dos municípios que todo o processo para adesão da Lei Paulo Gustavo seja cumprindo. Nós seguiremos acompanhando e cobrando também!”, diz o Grito em suas redes sociais.

Cariacica na Suíça

O Grupo Motim de Teatro, de Cariacica, vai apresentar a peça O Criminoso no 150º aniversário da Primeira Internacional Antiautoritária. O evento, que será na cidade de Saint-Imier, considerada o berço do anarquismo no mundo, acontecerá de 19 a 23 de julho. O grupo foi convidado depois de ter se apresentado no VI Fórum Internacional Anarquista, realizado em Vila Cajueiro, Cariacica, em setembro de 2022, quando estiveram presentes participantes da América Latina, Ásia e Europa.

Cariacica na Suíça II

A participação do Grupo Motim não irá se resumir à peça O Criminoso. O grupo também vai apresentar o curta-metragem Africanizar, com pesquisa e roteiro do jornalista Jacques Mota, gravado em Cariacica, que trata do racismo estrutural na sociedade brasileira.

Virgínia Mordida

Edite Coelho

Jeovanna Vieira, autora do livro Virgínia Mordida, participará de uma roda de conversa presencial, no próximo dia 25, às 19 horas, na sede do Cine Por Elas, em Cristóvão Colombo, Vila Velha. O livro será lançado pela Companhia das Letras, em data prevista para 2024. O encontro contará ainda com a participação da atriz e escritora, Suely Bispo, e da crítica literária e professora Cibele Verrangia. A conversa entre elas, primeiras leitoras do manuscrito final entregue à editora, pretende aguçar o interesse dos participantes pela leitura, à medida em que os assuntos de Virgínia Mordida forem pontuados, e trechos, lidos.

Virgínia e Carmen

Virgínia Mordida tem como personagens Virgínia e Carmem. No livro, Jeovanna Vieira traz à tona uma série de violências sofridas por essas duas mulheres, que são reais, mas com nomes fictícios, e uma pitada de ficção. A autora mostra que a violência psicológica não é exclusividade de mulheres de um determinado perfil. Com famílias estruturadas e carreira estável, ambas sofreram violências psicológicas por parte de um mesmo agressor, que, afirma Jeovanna, “abocanhou suas vidas”, mostrando que a violência contra a mulher é estrutural, acometendo a todas.

Luíza Dutra

Victoria Dessaune

Na 81ª da edição do Projeto Ensaios, Coisas de Ruth leva para o Espaço Thelema, no Centro de Vitória, a cantora e compositora Luiza Dutra. A artista, que começou a trabalhar com música em 2018 e se destacou por sua participação no The Voice Brasil em 2021, cantando MPB. Estreou sua carreira autoral em 2022 com os singles Coração Tatuado e Dentro de Mim, compartilhando sua perspectiva sobre o amor. Em seu show autoral, chamado Meu Canto, Luiza dá continuidade a essa proposta, convidando o público a se aprofundar na sensibilidade de seu canto.

10 anos!

Começa no próximo dia 27, a edição comemorativa dos 10 anos do Pocar Festival de Cultura, em Conceição da Barra, norte do Estado. A programação prossegue até 30 de julho, com música, circo, teatro, literatura, cinema e outras linguagens artísticas. O evento é organizado pelo Instituto Cultural Tambor de Raiz, entidade criada em Conceição da Barra que atualmente também possui uma escola de arte e cultura onde são realizadas oficinas de formação para crianças e adultos nas áreas de música, capoeira, teatro e jongo.

Marco

Divulgação

O grande marco para a criação da 1ª edição do Pocar foi o reconhecimento do conjunto arquitetônico que inclui a Praça Central, as casas do entorno e o Cais do Porto como Patrimônio Histórico e Artístico estadual. Isso se deu depois de ameaças de transformação da praça em local de estacionamento, o que gerou uma mobilização de moradores para proteção dos espaços históricos. Para celebrar, foi realizado o festival, juntando diversos artistas do município e de outros lugares do Brasil e do mundo.

Solidez

Dez anos depois, o Pocar Festival de Cultura se tornou um dos mais importantes e consistentes eventos culturais do Espírito Santo, sendo uma referência especialmente no norte do Estado, dando destaque à cultura popular do Sapê do Norte, região de tradição quilombola em São Mateus e Conceição da Barra, e ao intercâmbio promovido com artistas vindos de vários locais do Espírito Santo e do Brasil.

Liniker no Festival MC 2023

A cantora Liniker foi confirmada com show inédito para encerrar a Mostra de Cinema do Festival Movimento Cidade (MC), que acontece no Centro Cultural Carmélia Maria de Souza, no Centro de Vitória, em agosto. Liniker fará apresentação gratuita no dia 19. Outro confirmado do Festival MC é o rapper Djonga, que se apresenta no dia 18. Além disso, assim como na última edição, estão previstas mostras de produtos audiovisuais inéditos, com filmes nacionais e capixabas, bate-papos, mercado, além de intervenções artísticas sempre pautados em causas que defendem a cultura, a sustentabilidade, a ocupação e a diversidade em meio à metrópole.

Precarização do trabalho

Está disponível no site da Amazon, Além da Camisa, livro de autoria do escritor Maxwell dos Santos que aborda a precarização das relações trabalhistas e os bastidores do marketing digital, com ênfase no lançamento de infoprodutos. O romance conta a história de Pedro. Designer gráfico contratado como pessoa jurídica na startup EVS Agência de Lançamentos, ele é pressionado a “vestir a camisa” da empresa, uma exigência para manter seu emprego, como trabalhar além do horário sem receber horas extras. Ao se recusar a ceder aos abusos, é demitido por Evandro, o CEO da startup, e se vê sem direitos trabalhistas, dando início a uma batalha na Justiça do Trabalho.

Até a próxima coluna!

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