Fininho, uma criança tão magrinha quanto esperta, é o herói que dá título ao livro de estreia de Edmar Zorzal, lançado pelo selo Paralêlos, da Editora Cousa. No romance juvenil, o leitor acompanha e se emociona com as peripécias de um menino muito humilde, que questiona, sonha e persevera, vai em busca de seus sonhos, nessa jornada marcada por afetos e dores, vitórias e perdas e, sobretudo, pela determinação de realizar seus objetivos.
O autor toma como base aspectos de sua própria infância, também passada em Venda Nova do Imigrante – município onde a narrativa é ambientada. A intenção de Edmar, contudo, não foi escrever uma autobiografia. A infância por ele vivida é apenas a referência para construção de personagens e ambientes.
“Não há como negar que há muito de mim em Fininho, e vice-versa. Mas acho que cada pessoa, ao ler esse livro, vai se identificar com esse menino em algum momento. Existem milhões de Fininho e Fininhas mundo afora. Homens e mulheres que tiveram trajetórias de esforço e superação, que foram meninos e meninas cheios de sonhos e questionamentos”, afirma Edmar.
Em comum com Fininho, o autor teve também uma infância humilde, praticamente sem livros em casa. E foi por meio da biblioteca da escola, incentivado pelos professores, que Edmar passou a ter contato com a literatura. “Eu tinha 12 anos de idade. O primeiro livro que li foi O Guarani. Fiquei apaixonado! De José de Alencar, fui para Machado de Assis, Graciliano Ramos e José Mauro de Vasconcelos, entre outros.”
A vontade de escrever um livro sempre acompanhou Edmar, que se formou na área de Ciências Contábeis. “Ao longo da minha vida, as pessoas elogiavam o que eu escrevia. Desde redações na escola a pareceres técnicos e trabalhos acadêmicos”, diz. A dedicação ao trabalho, na Cesan e como professor universitário, porém, não lhe proporcionou o tempo necessário para escrever ficção.
“A vontade ficou guardada, até que, durante umas férias, pude mergulhar nessa história que agora trago ao público. Gostei do resultado e decidi avançar, buscando uma editora para publicá-lo, o que também não foi difícil.”
O livro, segundo o autor, não tem restrição de idade. Pode ser lido por uma criança de 10 anos, adolescentes, adultos, idosos. Para Edmar, todos levam dentro de si a criança que um dia foram.