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Curso gratuito quer formar agentes culturais comunitários capixabas

A ativista cultural Pandora da Luz é uma das palestrantes nas atividades que acontecem online de 10 a 14 de agosto

Com inscrições abertas, o Curso Livre, Gratuito e Online – Agentes Culturais Comunitários Capixabas acontecerá entre 10 e 14 de agosto. A programação de segunda a sexta-feira, sempre de 19h30 às 21h30, inclui palestras, debates e outras atividades. O público alvo são moradores de comunidades rurais e periféricas urbanas e de cidades do interior do Espírito Santo. As inscrições podem ser feitas preenchendo um formulário online.

Os temas serão “Movimentos comunitários ‘nóis por nóis'”, com Pandora da Luz; “Agricultura familiar, laços culturais e tradição popular”, com João de Angelim e Gustavo Pereira; “Os fazeres e expressões da periferia”, com EmiciThug; “Cultura e Direitos Humanos”, com Galdene Santos; e “Cultura de baixo pra cima”, com Jussan Silva e Silva.

O curso surgiu na esteira das webconferências capixabas de mobilização em torno da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, que está nos últimos detalhes para liberação de um total de R$ 3 bilhões a nível nacional para o setor da cultura, atingindo a todos estados e municípios do País. Numa dessas conferências, uma participante comparou que, assim como no Sistema Único de Saúde (SUS) existem os agentes comunitários de saúde, o Sistema Nacional de Cultura precisa de agentes comunitários de cultura. “Fantástica essa figura que com o olhar sensível e próximo traduz para fora da comunidade o significado de cultura localmente para além das categorias e nomenclaturas que vêm de cima pra baixo”, ressalta Fabíola Melca, integrante da plataforma colaborativa “Nós Capixabas Culturas em RedES”, que organiza o curso.

Algumas perguntas de referências para os participantes são: como é o contexto na área que atuo? O que gera essa realidade? Como podemos atuar sobre isso? O que a Lei Aldir Blanc pode fazer? E depois da pandemia?

“Esperamos com esse momento para além de encontro, troca de saberes e fomento de esperança, criar redes de afeto e apoio mútuo para a construção de um presente bonito em que a cultura e a arte são protagonistas, apoiando a sociedade para os tempos vindouros. Também esperamos trazer o debate da implementação da Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural para as comunidades serem parte desse processo, que será de baixo pra cima ou não será!”, aponta Fabíola Melca.

Ela entende que no atual contexto de crise política e sanitária, a ação cultural de base vai para além dos fazeres artísticos, perpassando os modos de viver e ver o mundo. “Esperamos com o curso colaborar com o movimento que quer tirar da invisibilidade todas e todos fazedores de cultura, agitadores culturais, mestras e mestres populares e, por isso, o curso tem o foco em zonas rurais, cidades do interior do Espírito Santo e periferias das grandes cidades”, pontua.

As atividades acontecerão pela plataforma Zoom, contanto com transmissão ao vivo também pelo YouTube.

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