Qual a relação e a memória da cidade com os espaços que deixam de ser usados? Essa é a questão principal da exposição Saiu Apressado e Disse-me que Voltava Ontem, projeto idealizado pelo Coletivo Laranja, formado pelas artistas Amanda Amaral e Thaynã Targa, e que abre para o público a partir desta quinta-feira (20), às 19h, na Casa Porto das Artes Plásticas, no Centro de Vitória. A entrada é livre.
A mostra usa suportes híbridos, que vão desde vídeos e instalações até objetos com várias dimensões, para mostrar um mapeamento de edifícios e espaços abandonados na cidade de Vitória e apresentar os diálogos constantes de pertencimento e exclusão que existem entre o espaço físico e os laços afetivos e de memória de cada um de nós.
“O questionamento central da exposição é acerca dos espaços de memória, esses que ainda estão tão presentes na cidade e que, por consequência, fazem história. Tomando por base os conceitos de lugares e não-lugares, reconhecendo que lugar é todo espaço identitário, é a também tentativa de recolocação do lugar”, explicam as integrantes do coletivo.
Os espaços escolhidos para a exposição surgiram com base em uma pesquisa realizada pelas artistas, através de informações coletadas com transeuntes, moradores e também de informações noticiadas na mídia.
Já a concepção do trabalho surgiu através da união da poética das duas artistas e da forma como elas enxergam os espaços urbanos, e se desdobra no olhar que percorre toda a mostra. “O nome da exposição veio da ideia de tempo que corre dentro dos espaços e que caem no esquecimento dentro do espaço urbano. O nome faz alusão a esse contexto, em uma tentativa de reposicionamento do lugar, que embora se dilua com o tempo, ainda é participante do presente”, contam.
Serviço
A abertura da exposição Saiu Apressado e Disse-me que Voltava Ontem será na próxima quinta-feira (20), às 19h, na Casa Porto das Artes Plásticas – Praça Manoel Silvino Monjardim, Centro de Vitória. A entrada é livre e as visitações podem ser feitas até 4 de março de 2017.