Na coluna: Prêmio da Música Capixaba; novo espaço cultural em Vitória; assalto na Academia de Letras
EXPOSIÇÕES
Mosaico Fotogaleria comemora aniversário com Walter Firmo
Comemorando quatro anos de existência, a Mosaico Fotogaleria, na Mata da Praia, Vitória, inaugura no próximo dia 24, às 17h, a exposição Lua em Peixes, do fotógrafo Walter Firmo, com curadoria do próprio. Atualmente destaque numa grande exposição no Instituto Moreira Salles, em São Paulo (SP), Firmo é reconhecido como uma dos mais importantes fotógrafos do país e com uma das maiores contribuições no registro da cultura afrobrasileira. A mostra em Vitória traz um recorte íntimo de seu trabalho, com destaque para a fotografia em preto e branco.
@chama.amanda estreia exposição na Thelema
Impressão Digital é o nome da primeira exposição individual da artista multilinguagem @chama.amanda, que estreou na última sexta-feira no espaço cultural Thelema, no Centro de Vitória.
Nela estão incluídas desenhos, pinturas, fotografias, serigrafias, stencil, gravura e outras plataformas em que a artista se expressa sobre temas como corpo, territorialidades, direitos humanos, mulheres e LGBTQIA+. A exposição fica no local até dia 3 de novembro e pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 12h às 21h.
ESPAÇOS CULTURAIS
Novo centro cultural na Rua Barão de Monjardim
Local que já recebeu atrações memoráveis em tempos passados, a casa do advogado e agitador cultural Tião Xará, na Rua Barão de Monjardim, no Centro de Vitória, será sede do Centro Cultural Cineclube Claudino de Jesus. O projeto homenageia em vida o cineclubista capixaba com importantes contribuições para o cinema e cultura a nível local, nacional e internacional. O espaço deve receber atrações musicais, exibição de filmes e outras atividades. A inauguração será no dia 12 de agosto, às 19h, com apresentação musical de Juliano Gauche, Fabio do Carmo e João Moraes, além da presença do próprio Claudino. O espaço tem capacidade limitada, com entradas à venda por R$ 30, pelo Pix 88238270782.
Trapiche se prepara para retomar atividades
Localizado numa esquina da Rua Gama Rosa, que tem se destacado como um local de cultura no Centro de Vitória, o Trapiche se prepara para retomar atividades no espaço, depois de ficar fechado durante a pandemia. A ideia é retornar próximo da proposta original, com exposições, eventos culturais, venda de livros e outras artes. A editora Cousa, antiga parceira, ainda estuda se vai retomar seu funcionamento no mesmo espaço. Na reabertura, o local deve passar a contar com parceria com uma cervejaria artesanal. Com o local em reforma, a expectativa de Ruy Perini, idealizador do espaço, é reabrir no final de agosto.
MÚSICA
Artistas capixabas são premiados
Realizado na última quarta-feira, o 1º Prêmio da Música Capixaba realizou uma celebração bonita no Teatro Glória, Centro de Vitória. Foram premiados, sobretudo, músicos da nova geração do Estado, como César MC, Budah, Afronta, Morenna, Dan Abranches, Fabriccio, Luiza Dutra e André Prando, este quase um veterano diante dos colegas, com seus 10 anos de carreira. Houve espaço também para premiar técnicos de som, iluminação, produtores, e outros que não aparecem no palco mas são fundamentais para o funcionamento da cadeira da música. Todos vencedores podem ser vistos no site do evento, que foi realizado pela MM Projetos Culturais com recursos do Funcultura. A expectativa é que o prêmio possa se consolidar anualmente.
‘Música também é ato político’
Depois dos agradecimentos mais contidos dos profissionais técnicos premiados, Dan Abranches surpreendeu o público ao vencer o prêmio de Melhor Artista Solo. Ele dedicou o troféu a todas as pessoas trans como ele, assim como posteriormente fez Afronta, que venceu como Artista Revelação e Destaque LGBTQIA+, o último dividido com Bella Nogueira. “Não deixem de ouvir a gente, não deixem de colocar as travestis nos espaços”, afirmou Afronta.
Prando, que dividiu o prêmio de Melhor Intérprete com Luiza Dutra, também deu a letra: “Música também é ato político. A gente reflete tudo que vive. E se a gente é amigo da arte, ama um ao outro, é inimigo do Bolsonaro. Fora Bolsonaro”, disse, recebendo aplausos do público
Encontro de gerações
O artista homenageado na primeira edição do prêmio foi Flávio Vezzoni, líder do Moxuara, grupo que já tem mais 30 anos de trajetória. César MC, um dos mais aclamados pelo público e vencedor do prêmio de Melhor Álbum, homenageou sua família que estava presente e lembrou que de criança ouvia o Moxuara graças a sua mãe. Ao final do prêmio, acompanhou até o final ao lado de pai, mãe, irmã e amigos o pocket show do grupo, que fechou o evento.
César também subiu ao palco junto ao Instituto Serenata de Favela, projeto do qual é embaixador, para receber o prêmio de Projeto de Impacto Social, que foi dividido com o Vale Música. Nos agradecimentos, Shaddy, integrante da Serenata, cantou à capela trecho de música que gravou no disco de César, emocionando o público
Clipe de Ecos da Terra
Já falamos do documentário Ecos da Terra, lançado recentemente contando a história de seis camponesas agroecológicas do Espírito Santo, com direção de Úrsula Dart. O filme possui uma trilha sonora própria, homônima, composta pela diretora junto com, Marcus Neves, André Akira, Dyone Arruda e Cláudia Zanetti, a Caju. A obra musical ganhou um videoclipe especial, com imagens do filme e dos artistas.
LITERATURA
Academia Espírito-Santense de Letras é assaltada
É triste quando a cultura vai parar em páginas policiais, mas a Academia Espírito-Santense de Letras (AEL) teve sua sede assaltada na última semana.
Localizado praticamente ao lado do Palácio Anchieta, sede do governo estadual, o espaço foi arrombado e teve uma série de itens furtados, incluindo computadores, impressora, frigobar e itens históricos, como medalhas e dois bustos de bronze feitos pelo artista italiano Carlo Cepraz.
Pela internet, ainda foram difundidas imagens destas obras, para tentar evitar que fossem vendidas ou destruídas.
TEATRO
Estreia de Fedra, montagem póstuma de Maria Lúcia Calmon
Espetáculo de dança e teatro baseado nas obras de Eurípede e Racine, Fedra será apresentado nos dias 11 e 12 de agosto, no Sesc Glória, e em 20, 27 e 28 de agosto, no Palácio da Cultura Sônia Cabral, sempre às 19h30.
A obra foi concebida e adaptada pela bailarina, diretora e coreógrafa Maria Lúcia Calmon, falecida em 2010, antes de poder apresentar este espetáculo. Seu filho Jean Calmon reuniu diversos profissionais com quem Maria Lúcia Trabalhou e refez o Cia Corpo em Cena, criado por ela. Mais informações aqui.