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Festival celebra diversidade artística em Patrimônio da Penha

Programação inclui oficinas e apresentações musicais

Artistas de diversas regiões do país se reúnem nesta semana no vilarejo de Patrimônio da Penha, distrito de Divino de São Lourenço, município da região do Caparaó capixaba, durante o Intercâmbio Cultural e Festival Fogueira Espiral, que promovem uma celebração da diversidade artística brasileira, com foco no fomento à produção independente e à musica autoral. A programação é gratuita, de quinta (16) a sábado (18), e inclui oficinas, rodas de conversa e apresentações musicais.  

A edição deste ano contará com apresentações musicais do Duo Êmana (ES), composto pelo casal Laíssa Gamaro e Relva Rodrigues, idealizadoras do festival em parceria com o Sítio Alegria Alegria; a cantora e compositora vinculada à Música Indígena Contemporânea Eloá Puri (ES); o violonista e produtor musical Gessé Paixão (ES); a cantora, compositora e educadora musical mineira Ana Tomich; o multi-instrumentista e compositor Rodrigo Sestrem (BA) e a cantora, compositora e diretora musical Aline Maria (ES). Além dos sete artistas residentes, estão oito participantes que se inscreveram por meio de uma chamada aberta e ainda serão divulgados pela organização.

Roberta Taufner

O encontro inicia com dois dias de vivências abertas ao público durante o Intercâmbio Cultural, entre quinta (16) e sexta-feira (17), no espaço La Casona, e finaliza com a 7ª edição do Fogueira Espiral, realizado no sábado (18), no bar Quintal da Villa.

Para a produtora Laíssa Gamaro, que integra o duo Êmana, o destaque da programação deste ano são as oficinas abertas à comunidade durante o Intercâmbio Cultural Espiral, onde sete artistas residentes, vindos de estados como Bahia, Minas Gerais e São Paulo, compartilham saberes e experiências, com possibilidade de produzir criações coletivas.  

“É a primeira edição que a gente consegue realizar a nossa idealização de ter vivências para o público, antes da noite do Fogueira Espiral”, relata. Ela destaca a participação de artistas de diferentes regiões do Brasil que vieram compartilhar saberes e experiências. “É uma forma de envolver mais ainda a comunidade e os visitantes para que possam se integrar, se sensibilizar e, quem sabe, ser incentivados a produzir suas criações e conhecer novos artistas” destaca.  

As atividades incluem poesia de cordel com o baiano Rodrigo Sestrem; composição, com a musicista mineira Ana Tomich; roda de conversa sobre descolonização da música, mediada por Gessé Paixão e Eloá Puri; além de canto, em “A Voz que Vem de Dentro”, conduzida pela capixaba Aline Maria. “Essa oficina de canto busca despertar o poder de libertar a voz, mesmo para quem não tem experiência musical anterior”, explica.

Na véspera do festival, será realizado o “Esquenta Espiral”, uma prévia colaborativa com os quinze artistas que se apresentam no dia seguinte durante o festival. O evento funciona como um ensaio aberto e roda musical em que os músicos se apresentam e experimentam a criação de novos arranjos colaborativos. “Flautas, tambores, trompetes e vozes se unem para criar atravessamentos e enriquecer as apresentações,” detalha a organizadora. Ela acrescenta que o esquenta busca conectar os músicos entre si e com o público, preparando o terreno para a grande celebração cultural do dia seguinte. 

No sábado (18), a abertura do Festival Espiral Fogueira Musical acontece com uma roda de dança circular e um cortejo pelas ruas de Patrimônio da Penha, reunindo mais de 15 artistas autorais de gêneros variados. “Há artistas de Minas Gerais, Bahia e do Espírito Santo. Essa diversidade de regiões e estilos musicais expande o acesso do público a novas experiências e expressões culturais,” ressalta a organizadora. Ela explica que o formato do festival é rotativo: cada artista apresenta duas canções e passa para o próximo, proporcionando uma experiência de diversidade musical em uma única noite.

Desde sua criação, o Festival Espiral tem como objetivo fortalecer a cena da música autoral e promover conexões entre artistas e público. “O festival surgiu do desejo de formar público para a música autoral e mostrar que, ao contrário do que muitos pensam, há uma produção musical rica e diversa no Brasil. Muitas vezes, falta apenas o espaço propício para apresentá-la,” reflete a organizadora. 

Para ela, o Espiral também é um manifesto em defesa da diversidade cultural e musical do país. “É uma oportunidade de sensibilizar o público a ouvir e apreciar novas propostas musicais, que muitas vezes ficam fora dos holofotes da grande mídia”, considera.  

PROGRAMAÇÃO COMPLETA – FESTIVAL ESPIRAL 

Quinta-feira, 16/01 
Oficina de Poesia e Cordel com Rodrigo Sestrem 
Horário: 09h30 às 11h30 
Local: La Casona 

Oficina de Composição com Ana Tomich 
Horário: 14h30 às 16h30 
Local: La Casona 

Sexta-feira, 17/01 
Oficina “A Voz que Vem de Dentro” com Aline Maria 
Horário: 09h30 às 11h30 
Local: La Casona 

Roda de Conversa: Descolonizar a Música com Eloa Puri e Gesse Paixão 
Horário: 14h30 às 16h30 
Local: La Casona 

Esquenta Espiral: Ensaio Aberto Pré-Espiral 
Horário: 19h30 às 22h00 
Local: La Casona 

Sábado, 18/01 
7º Espiral: Fogueira Musical 
Horário: 19h30 
Local: Quintal da Villa 

Serviço:

Festival Espiral 
Data: 16, 17 e 18 de janeiro de 2025 
Locais: La Casona e Quintal da Villa, em Patrimônio da Penha
Entrada: Gratuita 

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