O grupo, que faria 30 anos em 2025, se apresenta no dia 24 de janeiro
Pé do Lixo, uma das maiores bandas de rock da história da música no Espírito Santo, faria 30 anos em 2025. A data não passará despercebida, pois, no dia 24 de janeiro, sua formação inicial voltará ao palco para recordar e celebrar sua trajetória. A banda faz parte da programação do Festival Delírio Tropical, um evento de música regional capixaba, que vai acontecer entre 15 e 26 de janeiro, na Arena de Verão, na orla de Itapuã, em Vila Velha, reunindo atrações capixabas e nacionais – contando também com Vila Gastronômica e feira criativa.
O show, gratuito, será às 20h30, no palco temático 2010-2020 – Pop, Nova MPB e Lo-Fi. Subirão ao palco Reginaldo Segundo (Vocal); Sandro Braga (Guitarra e vocal); Rafael Nader (Baixo e vocal); Marcos Moreira (Latões); Cid Travaglia (Bateria, latões e percussão), que integrou a Pé do Lixo, mas não a formação inicial; Claudio Gracio (Baixo, guitarra e voz); Claudio Manga (Latões, percussão e bateria) e Nego Leo (Latões e percussão), que hoje faz parte da banda Casaca.
Marcos Moreira relata que é uma boa oportunidade para juntar o grupo, pois todos, no momento, se encontram no Espírito Santo, já que alguns chegaram a ir para outro estado ou país. “Está sendo bom rever, nos encontrarmos, cada um no seu momento diferente de vida, e também reencontrar o público, além de mostrar para a rapaziada de hoje que o Espírito Santo tem trajetória no rock”, diz.
Marcos destaca que o repertório da Pé do Lixo trata de temas que ainda são atuais, como a questão ambiental. As músicas que serão apresentadas no show são as dos álbuns Reciclo, Reciclo “reciclado” (2002) e Rádio Mundo (2003). Nesse último está a canção da banda que o artista aponta como a de maior repercussão. Trata-se de Terra Prometida, uma das que levou a música capixaba para além das fronteiras do Espírito Santo, pois teve destaque na MTV.
No show, o público também poderá rememorar outras canções de muito sucesso, como Massacre, Zingane, 100% Reciclado, Vá em Paz, Alquimia, Virado Desde Ontem e Uma Reflexão. O nome da banda surgiu nos testes para usar tonéis de óleo lubrificante como tambor. O tonel ficava com a parte aberta virada para o chão, e o som estava abafado. O serralheiro responsável em colocar os pés que iram tirar o tonel do chão disse: “Esse pé do lixo fez o maior sucesso, todo mundo que veio aqui comentou”. A sonoridade da banda é composta por vocal, baixo, guitarra, bateria e percussão com grandes latões de plástico e ferro, bambus, folhas de zinco, pá de lixo.
Em sua trajetória, a banda se apresentou em vários festivais, como Festival Garage Rock, em Salvador (1996); Festival Soul do Mangue, em Recife (1999); Festival Porão do Rock, em Brasília (2000); Projeto Balaio Brasil, no SESC São Paulo (2000); Festival Dia D, em Vitória (1999 a 2002); XX Festival de Música de Alegre, em Alegre (2003). Também recebeu premiações, como o prêmio de melhor banda, do programa A vez do Brasil, da Rádio 89 FM, de São Paulo; melhor banda do mês de maio, no programa Ultrasom, da MTV;e melhor banda do ano, no Troféu Guananira, promovido pelo governo do Estado do Espírito Santo.
O Festival
O Delírio Tropical acontece na Arena de Verão da Prefeitura de Vila Velha, em Itapuã, com mais de 80 atrações de diversos estilos musicais, todas gratuitas. O caldeirão sonoro incluirá pop, MPB, samba, rock, reggae, axé music, funk, rap, hardcore, blues, surf music, forró, ritmos eletrônicos e a ancestralidade da cultura popular do Espírito Santo, representada pelas bandas de congo Mestre Honório, Tambor de Jacaranema, Mestre Alcides, Raízes e Beatos de São Benedito.
A curadoria do festival elaborou palcos temáticos para cada dia de evento, com o objetivo de promover os diversos elementos que formam a identidade cultural capixaba. O dia 16 virá embalado pelo tema 90-2000 – Cultura Canela Verde e o Rockongo. No dia 17, Identidade Capixaba Anos 90-2000 – Rock alternativo, Reggae e Rockongo. No dia 18, O Axé e o Samba do Espírito Santo. No dia seguinte, Reggae, Samba-rock e Pop-rock.
A segunda semana de festival traz, no dia 23, o palco Anos 60-80 – MPB Jazz & Tropicália Capixaba. No dia 24, 2010 – 2020 – Pop, Nova MPB e Lo-fi, palco no qual a Pé do Lixo irá se apresentar. No dia 25, 2010-2020 – Cultura Urbana, Pop, Samba e Rap/Hop. O encerramento será no dia 26 de janeiro com o palco Identidade Capixaba 90-2000 – RockCongo e Hardcore, em homenagem ao Dia D, festival que marcou época na cena cultural do Espírito Santo entre 1999 e 2002. Assim, o Delírio Tropical busca promover uma viagem pela história e pelos diferentes personagens e movimentos que pavimentaram a cena musical capixaba desde a década de 1960 até a contemporaneidade.