Mais: detalhes e grupos; e documentário sobre a Praia do Suá
A Má Companhia, centro cultural localizado no Centro de Vitória, lançou a campanha “Amigue da Má”, por meio da qual as pessoas poderão contribuir mensalmente com quantias a partir de R$ 5,00, neste link. As doações, segundo a coordenadora do Coletivo Elas Tramam, Thalia Peçanha, ajudarão na continuidade dos trabalhos da Má Companhia, inclusive os abertos ao público, bem como manter o espaço, que tem despesas como aluguel.

“A ideia é pensar o espaço como um coletivo, um espaço independente onde as pessoas podem fazer cultura e ter acesso a ela também, até mesmo diante da falta de espaços públicos para isso. Atualmente, uma das poucas políticas para viabilizar isso são os editais, mas não é suficiente”, diz Thalia. Além do Coletivo Elas Tramam, a Má Companhia também abriga o Repertório Companhia de Artes Cênicas, e dedica-se à formação, pesquisa e criação artística no campo das artes cênicas.
Campanha circular
Thalia classifica a Amigue da Má como uma campanha circular, pois “o dinheiro entra, mas tem um retorno cultural para quem contribui”. É que há recompensas de acordo com os valores. Doando mensalmente de R$ 5,00 a R$ 9,00, a pessoa se torna Amiguinha da Má, recebendo agradecimento nas redes sociais e nome no mural digital de apoiadores. Essa recompensa está presente em todos os valores estipulados para contribuição.
Amigado, parceiro e amigo de longa data

Com a doação de R$ 10,00 a R$ 24,00, as recompensas são também acesso a conteúdos exclusivos, como “vídeos, entrevistas e bastidores, acompanhando tudo o que rola por trás das cortinas”. Nas doações de R$ 25,00 a R$ 49,00, o diferencial é o recebimento de um ingresso para espetáculo a cada três meses. No caso daqueles que doarem de R$ 50,00 a R$ 74,00, a disponibilização dos ingressos é de um a cada dois meses, além da participação em uma oficina por ano, 30% de desconto em cursos e oficinas, e um brinde no aniversário.
Fã de carteirinha e Estrela
As doações de R$ 75,00 a R$ 99,00 fazem da pessoa Fã de carteirinha da Má, possibilitando a elas ter um ingresso por mês para espetáculos, participação em uma oficina por ano, 50% de desconto em cursos e oficinas, participação em ensaios abertos e bate-papo com artistas e dois brindes por ano. Para ser Estrela da Má Companhia, a pessoa precisa doar de R$ 100,00 a R$ 149,00. Nesse caso, as recompensas são dois ingressos por mês para espetáculos teatrais ou outras atividades, participação em uma oficina por ano, 50% de desconto em cursos e oficinas, prioridade na compra de ingressos, convite para evento exclusivo e dois brindes por ano.
Mecenas da Má Companhia
Por fim, doando uma quantia a partir de R$ 150,00, o nome do contribuinte estará como Mestre de Cena nas redes sociais. Além disso, a pessoa ganhará dois ingressos por mês para espetáculos ou outras atividades; poderá participar de uma oficina por ano; terá 50% de desconto em cursos e oficinas; e será convidado para um evento exclusivo anual “com uma visão única dos bastidores da nossa criação artística” e ganhará um “brinde especial”.
Elas Tramam

Um dos grupos que fazem parte da Má Companhia é o Elas Tramam, criado em 2017, composto por mulheres artistas que buscam, por meio do teatro, discutir e visibilizar as questões de gênero, identidade e os desafios enfrentados pelas mulheres no cenário artístico e social. O grupo tem cinco livros de coletâneas de dramaturgia publicados, além de promover apresentações de espetáculos, oficinas, cursos e projetos que incentivam a participação feminina e o empoderamento das mulheres nas artes.
Repertório

O Repertório, que também faz parte da Má Companhia, é um grupo teatral que une teatro, dança, dramaturgia e música cênica original. Mantém uma produção contínua de espetáculos autorais que dialogam com histórias reais do Espírito Santo e questões políticas e sociais contemporâneas. Além disso, conta majoritariamente com artistas pretos e da comunidade LGBTQIAPN+. Alguns de seus espetáculos mais recentes foram Passarinheiros, de 2022, e Carambolas, de 2024.
‘Suá, a praia que sumiu’

Está previsto para abril o lançamento do documentário Suá, a praia que sumiu, dirigido por Thais Helena Leite, que aborda a transformação provocada pelo aterro feito na Praia do Suá, que fez com que a praia que dá nome ao bairro deixasse de existir. A obra utiliza principalmente produções audiovisuais dos cinejornais da Agência Nacional da década de 1970, além de material de Julio Monjardim, fotos de Paulo Bonino e Douglas Bonella, para trazer à tona a narrativa baseada no crescimento econômico, grandeza nacional e ordem social, que impulsionou o aterro. A data do lançamento, que será na Biblioteca Pública Estadual, ainda será definida.
Trilha sonora
A trilha sonora foi composta especialmente para o documentário. A Bossa do Suá, de Jorge Tarzan, tem o compositor no violão, Edu Szajnbrum na percussão, Roger Vieira no piano e voz de Andrea Ramos. Tem também trechos de músicas do álbum de Aurora Gordon, o Congo da Banda Amores da Lua e memórias em off de antigos moradores.
Até a próxima coluna!
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