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Mostra no Mucane resgata memórias de jongos e caxambus

O Museu Capixaba do Negro “Verônica da Pas” (Mucane) recebe, nesta sexta-feira (24), a exposição “Memorial de Mestres: Jongos e Caxambus”, com abertura às 18h30.
 
A mostra, que tem a curadoria da professora Aissa Afonso Guimarães, resgata a identidade jongueira com a musicalidade (representada por instrumentos musicais), a corporeidade (representada pela expressão corporal na dança), vestuário (representado por roupas típicas que definem e diferenciam os grupos) e estética, que demarca a identidade étnica negra ou quilombola.
 
A exposição faz parte do programa de extensão “Jongos e Caxambus: memórias de mestres e patrimônio afro-brasileiro no Espírito Santo”, que é organizado desde 2012 e tem o objetivo de retomar a trajetória do jongo e do caxambu no Sudeste para reconstruir parte da história da população negra no Estado.
 
A coordenadora do Mucane, Thais Souto Amorim, disse que o objetivo maior é realizar a devolução do material elaborado a partir das pesquisas desenvolvidas desde os anos 2012 e 2013 – primeira e a segunda edições do programa –, sob a coordenação de Osvaldo Martins de Oliveira. O programa é executado na Universidade Federal do Estado (Ufes).
 
Exposição
 
A exposição, composta por uma série de desenhos e fotografias, propõe uma experiência estética e sensível por meio do desenho e da fotografia, em diálogo com a diversidade nas formas de saberes e de visão de mundo, através da representação de mestres, guardiões e representantes de diversos grupos de jongos e caxambus pertencentes a comunidades que se autodeclaram quilombolas ou negras no interior das regiões sul e norte do Estado.
 
O acervo foi coletado durante a pesquisa. As fotografias são de vários autores e os desenhos são de autoria de Carla Desireé e Maurício Malta.
 
O trabalho de exposição relaciona várias proposições sobre a história dos antepassados, pois remetem à organização da população negra no Espírito Santo, à forma como chegaram, o que faziam e como resistiam às questões de seu tempo.
 
As histórias foram relatadas e transformadas no livro “Jongos e Caxambus: culturas afro-brasileiras no Espírito Santo”, lançado no ano de 2017.

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