Foi no último dia 15 de setembro que a Mostra Torções chegou ao Museu Capixaba do Negro, no Centro de Vitória. De lá até aqui foram diversos elogios e destaques midiáticos para o trabalho de Luciano Feijão, mestre em Artes pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e que fez de seu projeto de mestrado, uma mostra questionadora acerca da presença da imagem do negro nas artes e na sociedade.
Feijão chega com Torções, que tem exibição gratuita até o dia 27 de novembro, para apresentar um recorte de desenhos politizados que protagonizam a imagem do negro e, só nisso, já questiona a ainda rara visibilidade do negro nas sociedades. A proposta da Mostra e apresentada com um ponto principal: gerar uma nova reflexão sobre os estereótipos das pessoas negras na sociedade. Como o próprio nome já diz, a proposta torcer a visão europeia sobre o negro.
Os 30 desenhos que compõem a mostra são feitos a partir do carvão e do nanquim em papéis de grande formato, retratando as formas, as marcas e as expressões do corpo e do rosto negro. O artista buscou romper com a naturalização do corpo, distorcendo as imagens e impactando com tamanhos e expressões.
A novidade de Torções é que nesta próxima quarta-feira (28) e quinta-feira (29), Feijão abre espaço na Mostra para um encontro em que irá pessoalmente apresentar e conversar sobre suas obras, os conceitos e técnicas envolvidas. No total são 60 vagas que, a princípio, seriam só para educadores, mas agora estão disponíveis também para interessados de qualquer área, inclusive comunidade local – com turmas matutinas e vespertinas. A participação é livre mediante inscrição prévia.
E para quem não poderá comparecer ao encontro com o artista no Mucane, em meio à exposição há uma sala no espaço que destaca o processo criativo de Luciano Feijão. Por lá fica em exibição um vídeo com o registro do artista em seu ateliê e todas as relações criadas por ele com a própria arte.
Acompanhe as atividades da Mostra em rede social
Serviço
A Mostra Torções fica em exibição no Mucane – avenida República, 121, Centro de Vitória. A entrada é livre.