Unir para fortalecer, esse é o lema do III Encontro Nação Hip Hop, que vai promover o diálogo entre os elementos que compõem o universo hip hop. “A programação foi pensada para o diálogo entre os artistas e incentivar ações conjuntas. Queremos juntar a nova geração com os veteranos e a galera do interior com a do centro”, explica Sagaz, representante estadual da Nação Hip Hop.
O evento começa nesta sexta-feira (1) e segue até o sábado (2), no Mucane, e é uma ação articulada com a entidade nacional Nação Hip Hop, que contribui no avanço das grandes lutas sociais, com a efetiva participação das pessoas que fazem o movimento no Brasil. A Nação Hip Hop Brasil é a atual representante do segmento no Conselho Nacional de Juventude (Comjuve).
Apesar das atividades culturais como dança, graffiti, moda, música e performance, Sagaz reforça que o evento não é apenas uma vitrine para a cultura hip hop. Mais importantes serão os debates e o conhecimento que vão circular durante o encontro. “Convidados de outros estados irão trocar ideias e experiências com as pessoas daqui”, completa.
O encontro começa com a mesa “O papel dos educadores sociais na implementação da Lei 10.639″, nesta sexta-feira, às 16h30, no Mucane. O debate será ministrado pela rapper e pedagoga brasiliense Vera Verônica e a professora de história capixaba Leonor Franco de Araujo. As duas educadoras vão abordar a implementação da Lei 10.639/03, que versa sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, e a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira.
A segunda mesa acontece no sábado (2), a partir das 14h, e vai tratar do tema “A Cadeia produtiva do Hip Hop“. Os convidados vão falar das suas experiências com economia criativa e as possibilidades de aliar suas marcas a eventos culturais. Entre os convidados estão representantes de duas marcas capixabas, a Doggueto e a Proceder, e o paulista Bob Controversista, coordenador da Casa da Cultura Hip Hop de Guarulhos e do Alto Tiete.
No mesmo dia, às 16h30, também haverá um bate papo sobre “O papel do hip hop no combate ao genocídio da juventude negra”, com o artista e escritor Toni C, responsável pela biografia oficial do músico Sabotage, autor do livro O Hip-Hop Está Morto! e organizador das obras Hip-Hop a Lápis, Literatura do Oprimido, Um Sonho de Periferia e do documentário É Tudo Nosso!
Além dos debates, o Encontro Nação Hip Hop também conta com uma exposição de graffiti, com curadoria do artista Fredone Fone, Feira Afro/Hip Hop, apresentação do Projeto Boca a Boca e exibição de videoclipes e documentários. “Queremos nos voltar para dentro do movimento, porque só assim vamos alcançar respeito e projeção”, destaca Sagaz, sobre a importância dessas atividades.
A escolha do Mucane para sediar o encontro também foi proposital, por se tratar de um espaço democrático e bem estruturado para receber o público. “Vamos ocupar o Museu do Negro e outras iniciativas também devem aproveitar esses instrumentos que o poder público oferece”, completa. ;/
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Programação:
SEXTA-FEIRA (1)
16h30 – Mesa: “O Papel dos Educadores Sociais na implementação da lei 10.639”. Com Vera Verônica e Leonor Franco de Araujo; Coordenadora: Pandora Da luz
18h30 – Performance de Graffiti: “Coletivizando o Tecnicolor”
19h00 – Fabian Ifrikan e convidados
20h00 – Projeto Boca a Boca
SÁBADO (2)
10h00 – Abertura da Feira Afro/Hip Hop
10h30 – Café com Breack
13h00 – Vídeoclips Locais, Docs e outros
14h00 – “Cadeia produtiva do Hip Hop”. Com Bob Controversista – SP; Gilmar Martins- Doggueto – ES; Pandora Da Luz-Proceder – ES
16h00 – café com letras e Inscrições de chapas para compor a nova diretoria da Nação Hip Hop Brasil/ES
16h30 – “O Papel do hip hop no Combate ao Genocídio da Juventude Negra”. Com Toni C
18h30 – Apresentação de Chapas e Eleição da Nova Diretoria
19h30 – Shows de Encerramento: Vera Veronica – DF e Convidados.