sexta-feira, novembro 15, 2024
28.9 C
Vitória
sexta-feira, novembro 15, 2024
sexta-feira, novembro 15, 2024

Leia Também:

O BatuQDellas: um movimento feminista carnavalesco

Foto: Renan Bono
 
Um coletivo criado no início do ano promete trazer demandas das mulheres por meio da cultura. O BatuQdellas reúne cerca de 90 mulheres de diversas formações, desde a produção cultural até a percussão, que buscam resistir e crescer no cenário artístico e musical. Depois dos primeiros ensaios, o grande encontro do grupo acontece na segunda-feira de Carnaval (12), às 11h, em frente ao Bar da Zilda, no Centro de Vitória. 
 
“Temos espaço para dança, arte em geral, música e muito amor para dar a qualquer uma mana que queira participar de alguma forma até se encontrar de fato em sua atividade dentro do coletivo”, convida Crystal Vettoraci, uma das organizadoras do grupo. A principal reivindicação é contra o machismo e qualquer tipo de preconceito contra as mulheres, especialmente no cenário artístico e musical. 
 
A ideia de construir um grupo, que surgiu há alguns anos por conta das experiências que elas enfrentam, por fim se materializou. E não poderia haver melhor momento para a estreia que no Carnaval. “Estamos bastante felizes com a iniciativa, todas bem animadas e com vontade de quebrar todas as barreiras que precisamos enfrentar para provar alguma coisa para a sociedade”.
 
Com uma percussão potente, o BatuQdelles está engajado inicialmente no toque de samba, embora no coletivo haja pessoas vindas de outras vertentes musicais que podem se desenvolver mais adiante. Mas como surge às portas do Carnaval e dentro do Centro de Vitória, o repertório de estreia deve ser marcado por samba e pop, com destaque para composições e interpretações marcantes realizadas por mulheres, como Não deixe o samba morrer (Alcione), Vou festejar (Beth Carvalho), Pintura Íntima (Paula Toller), É d’Oxum (Gal Costa).
 
“Estamos preparando uma festa bastante bonita e tenho certeza que vamos entrar em uma nova fase musical no Centro de Vitória após o lançamento desse movimento”, acredita Crystal. E convoca: “As mulheres precisam saber que elas também têm espaço e podem fazer o samba comer solto… Vamos pra cima, somos o BatuQdellas!”.

Mais Lidas