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Prefeitura apresentará plano de dispersão para o Carnaval do Centro de Vitória

A apresentação do plano, prevista para a próxima semana, foi um compromisso assumido na reunião dessa quarta

A gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos) irá apresentar na próxima segunda-feira (29) um plano de dispersão para o carnaval do Centro de Vitória. A folia foi tema de uma reunião nessa quarta-feira (24), na sede da Prefeitura Municipal de Vitória (PMV). Outras respostas serão dadas pela gestão municipal também na segunda-feira, como sobre a questão do trânsito, da possibilidade de colocar tela na Avenida Beira Mar para que o vento não leve lixo para a Baía de Vitória, e a possibilidade de desfile de blocos nos períodos pré e pós carnaval.

Participaram da reunião representantes da PMV, do Blocão (Liga dos Blocos do Centro de Vitória), Ministério Público do Espírito Santo (MPES), Polícia Militar (PM), Guarda Municipal, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação de Moradores do Centro (Amacentro), além dos vereadores André Moreira (Psol), Karla Coser (PT) e Duda Brasil (União) e representantes dos mandatos das deputadas estaduais Camila Valadão (Psol) e Iriny Lopes (PT).

O presidente da Amacentro, Lino Feletti, relata que foi destacada a necessidade de ter eventos em locais próximos do Centro para que, após o desfile dos blocos, haja dispersão das pessoas. “Após os desfiles as pessoas não têm o que fazer, para onde ir. Aí as coisas acabam acontecendo de forma desorganizada, por exemplo, com os foliões colocando caixas de som, pincipalmente na Rua Sete”, diz.
Uma das possibilidades de local para os eventos ventilada pela gestão de Lorenzo Pazolini, que foi representada pelo Secretário de Governo, Aridelmo Teixeira, é o Sambão do Povo. Contudo, o vereador André Moreira acredita que é muito longe para as pessoas andarem do Centro de Vitória até lá. Quanto a ter transporte público para isso, o vereador destaca que são mais de 100 mil pessoas nas ruas do Centro durante o carnaval, portanto, há, ainda, essa dificuldade de logística.
Durante a reunião seria assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao MPES. Contudo, relata André, o promotor Marcelo Lemos concluiu que era preciso ainda ajustar algumas coisas para depois haver a assinatura. De acordo com o vereador, o promotor criticou que no TAC havia responsabilizações dos blocos com questões como limpeza urbana e da segurança, e que o documento “é para resolver problemas, e não criar”.
Outra situação que segundo a Prefeitura será analisada, relata André Moreira, é a dos blocos que saem antes e depois do período do Carnaval, como PelaDonas do Centro, Maluco Beleza e Esquerda Festiva. A vereadora Karla Coser avalia que a reunião foi “mais de possibilidades do que de coisas concretas”. Ela denuncia que, quando foi se pronunciar, Aridelmo afirmou que os vereadores não podiam, pois a reunião era com representantes dos blocos. Contudo, sua fala e a dos demais vereadores foi garantida pelo promotor, que alegou “questão de democracia e constitucionalidade”.
Karla diz, ainda, que ouviu Aridelmo falar que o prefeito não queria que fosse dada possibilidade de fala aos vereadores. “Não era uma reunião privada e temos o dever de fiscalização e competência de acompanhamento desse tipo de evento”, diz. André Moreira afirma que chegou a se levantar para ir embora diante da tentativa de cerceamento de fala dos vereadores. “Considerei uma falta de respeito, fomos eleitos pela população”, desabafa.

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