Grupo se reúne nesta quarta com o secretário de Cultura, mas também quer tratar de reivindicações com Pazolini
Após a manifestação ocorrida no Centro de Vitória na noite dessa terça-feira (24), os alunos do curso de Artes Cênicas da Escola Técnica Municipal de Teatro, Dança e Música (Fafi) conseguiram agendar uma reunião com o secretário municipal de Cultura, Luciano Gagno, para o final da tarde desta quarta-feira (25). Os estudantes elencaram reivindicações a serem apresentadas ao gestor da pasta e querem a garantia de uma conversa com o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos). “Queremos sair de lá com uma agenda com o prefeito”, afirma Antônio Marx, do curso Técnico de Teatro.
A manifestação foi motivada pela não renovação do contrato do professor Antonio Apolinário, que expirou em 13 de agosto. O profissional dava aulas na iniciação teatral e no curso técnico, que foram interrompidas apenas três semanas depois de seu início.
Ao questionar a gestão de Lorenzo Pazolini, os alunos da Fafi foram informados que enquanto não houver contratação de um novo profissional, as aulas serão ministradas por um professor do Centro Cultural de São Pedro, porém, os estudantes reivindicam a permanência de Antonio Apolinário. “E agora? Lá em São Pedro o Centro Cultural ficará desfalcado para suprir a nossa necessidade?”, questiona Gabriel Araújo Ferreira, um dos integrantes da comissão formada para conversar com o secretário.
Essa reivindicação, segundo Antônio, que também integra a comissão, leva a um debate que os estudantes querem fomentar, que é a possibilidade de vinculação da Fafi à Secretaria Municipal de Educação (Seme), e não mais à Secretaria Municipal de Cultura (Semc), como é hoje.
Antônio Marx recorda que, no início de 2021, as aulas também foram paralisadas, pois aconteceu a interrupção dos contratos dos professores de teatro e dança. Por isso, a gestão de Lorenzo Pazolini fez uma contratação emergencial, sem publicação de edital.
Para Gabriel, a interrupção dos contrato de Antonio Apolinário é “um banho de água gelada no projeto, no incentivo à cultura, no teatro”. “A formação de futuros artistas, de futuros atores e atrizes, será prejudicada. Pedimos que não somente a prefeitura de Vitória, mas também o governo do Estado, deem atenção ao artista, a quem quer viver da arte”, reivindica.