Na Coluna: música contra Bolsonaro, Kombi literária, Lei Aldir Blanc no ES, Cine Metrópolis de volta
Depois do sucesso de Primavera Fascista, música contra Jair Bolsonaro lançada às vésperas de sua eleição há dois anos e com quase 5 milhões de visualizações no YouTube, rappers capixabas voltaram a se juntar para apresentar uma nova versão, contando com clipe realizado pelo Setor Proibido com produção musical de Tibery. Como de se esperar, em Primavera Fascista 2, as letras não pegam nada leve e ressaltam o caráter político e combativo do rap. Entre vários cenários e intercalados com o som de discursos de Bolsonaro e aliados, cantam Bocaum, Noventa, May Jane, Souto, Axant, DK, Vk MAC, Akilla e Dudu. Confira:
Kombi literária chega a Vitória
Depois de ajustes mecânicos, a “Combiousa” chegou a Vitória, vinda do norte do Estado. Projeto da editora Cousa para difusão da literária pós-pandemia da Covid-19, se trata de uma Kombi que pretende rodar realizando saraus, lançamentos, pequenos shows e outras atividades. Para ajudar a financiar o projeto, está sendo feita uma coletânea de poesias, contos e crônicas, que pode ser comprada antecipadamente por R$ 50 no site da Cousa.
Três meses sem Sérgio Blank
Lei Aldir Blanc regulamentada em Vitória
Depois da confusão em sessão da Câmara de Vitória, quando o vereador e líder da prefeitura Luiz Emanuel (Cidadania) bateu boca com o presidente da Casa, Cleber Felix (DEM), e com a produtora cultural Lara Toledo, que ocupava a tribuna popular representando a sociedade civil, a Lei Aldir Blanc foi sancionada nessa sexta-feira (23), conforme Luiz Emanuel por fim prometeu, depois de sair em defesa do executivo municipal. Teria a repercussão do caso ajudado a “agilizar” a publicação que andava atrasada?
Cerca de 30 municípios devem usar cadastro estadual para lei
O Mapa Cultural, plataforma estadual que a Secretaria de Cultura do Espírito Santo (Secult) vem utilizando para cadastro do auxílio emergencial para trabalhadores da cultura por meio da Lei Aldir Blanc, também será utilizado por alguns municípios para fazer valer a mesma lei. A secretaria estima que cerca de 30 dos 78 municípios devem usar o Mapa Cultural para cadastro dos espaços culturais com direito a receberem auxílio, o que é responsabilidade municipal, e para lançamento de editais e chamadas públicas.
80% tiveram plano de ação aprovado
Aliás, atualizando os dados disponíveis sobre o cadastro dos municípios capixabas, o mapeamento nacional indica que 79,75% deles já tiveram o plano de ação para implementação da lei aprovado e receberam ou devem receber em breve o recurso. Brejetuba, Ecoporanga, João Neiva e Muniz Freire estão com o cadastro em análise e Vargem Alta consta como “Em Cadastro”. Bom Jesus do Norte, Governador Lindenberg, Ibitirama, Itapemirim, Jaguaré, Mantenópolis, Pancas, São Roque do Canaã, Sooretama e Vila Pavão constam como “Não Cadastrados”. A última atualização foi no dia 20 de outubro. Veja os dados aqui.
Cine Metrópolis retorna com atividades online
Os fãs de cinema na Grande Vitória devem estar com saudades do Cine Metrópolis, espaço histórico para filmes alternativos. O local ainda não vai reabrir, mas anunciou o projeto Metrópolis Reconecta, com um ciclo de exibições com foco no cinema brasileiro contemporâneo. Uma vez por semana, às quintas-feiras, haverá exibição de filmes e debate com diretores e convidados. O projeto teve início na última semana com dois curta-metragens produzidos no Espírito Santo: Se você contar, de Roberta Fernandes, e Braços Vazios, de Daiana Rocha”, que ficam disponíveis online até dia 28 de outubro.
O debate contou com a presença das diretoras e da cineasta e crítica de cinema Luana Cabral e pode ser visto aqui. As sessões semanais serão exibidas no canal do Metropolis no YouTube e o debate também é transmitido em sua página no Facebook.
Música homenageia Rio Doce
Composição do escritor Gilson Soares, a canção Meu Watu será lançada no dia 5 de novembro, data do quinto aniversário do crime socioambiental da Samarco/Vale-BHP em Mariana, que contaminou o Rio Doce e o litoral capixaba. A canção, que homenageia o rio e faz referência ao nome que os indígenas dão a ele, será interpretada pelo grupo Quarto Crescente e terá um clipe com imagens do crime registradas pelo Instituto Últimos Refúgios e pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), com direção de Gilson e Cezar Almeida. O trabalho está sendo feito de forma colaborativa e voluntária e os realizadores busca pequenas doações para cobrir os custos logísticos e dos serviços de mixagem, masterização e edição de vídeo. As doações para a “vaquinha” podem ser feitas pelo Picpay @gilson.soares114 ou por conta bancária na Caixa (agência 0590, conta poupança 138061-4, em nome de Gilson Soares).