Durante sete meses de pesquisa, a artista adquiriu uma série de objetos em mercados de pulga, ferros-velhos e feiras de antiguidades. Com base nesses achados, construiu objetos híbridos compostos por espelhos, lupas, pinças, acrílicos e fotografias antigas.
A quantidade espantosa de retratos antigos disponíveis para venda em mercados populares ou descartados no lixo nos colocam, segundo a artista, frente ao paradigma da imagem, uma vez que as fotografias costumam ser abandonadas quando a impermanência do objeto fotografado entra em conflito com a permanência da imagem fotografada. Refletindo sobre a materialidade da imagem e também sobre as camadas de realidade impregnadas em registros fotográficos, a artista propõe uma instalação que se conforma como um grande laboratório de pesquisa sobre o real.
Uma publicação com textos e fotografias será lançado em agosto com o resultado do processo de pesquisa.
A programação também prevê encontros com a artista e oficinas. A curadoria é de Clara Sampaio e o projeto educativo de Carla Borba.
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