Cinco artistas farão seus videoclipes por meio da Act Group Art, surgida a partir de produtores de Flexal
O consórcio é um modelo já conhecido e consolidado socialmente para aquisição de diversos bens, como por exemplo automóveis. O Act Group Art, uma start up de Cariacica, quer utilizar esse formato também para fomentar projetos artísticos e culturais. O pontapé inicial será dado a partir de fevereiro com seis artistas da música que querem produzir seus videoclipes.
Com o nome de Consórcio União Força Cria, participam deste primeiro experimento os artistas Mfive, VJ Mc, Rastrícia, MiQ e D’Roma, artistas independentes que com a junção vão conseguir viabilizar com mais facilidade o objetivo.
O ciclo dura cinco meses: cada artista paga uma mensalidade durante este tempo e a cada mês um deles é sorteado para gravar um clipe, que estará finalizado no prazo de 30 dias, com realização de uma equipe especializada da Act.
A start up surge também em Flexal, a partir da experiência de agentes culturais do Instituto Aprender Cultura (IAC) e outros projetos. “O instituto sempre tem projetos mais focados na inclusão social, já a Act surge da necessidade de ter um ambiente que realmente dialogue com o comercial, o empresarial”, explica Miq, que além de músico é um dos produtores culturais envolvidos com a start up, que trabalha com audiovisual, fotografia, consultorias e produção e direção musical.
Iniciado junto ao IAC, o Act vem alçando voo próprio e maior energia ao participar de uma aceleração para projetos de Cariacica realizado pelo Instituto Kairós, de Minas Gerais, na qual além de receber consultorias específicas para o negócio, também ganharam apoio para construção de uma nova logomarca e equipamentos eletrônicos necessários para garantir uma melhor qualidade nas produções.
No caso caso do modelo de consórcio, no primeiro projeto, a ideia é produzir um videoclipe básico, de elaboração mais simples, com um valor total de R$ 800, parcelado pelos meses de duração do consórcio, um valor que Miq considera bastante vantajoso em comparação com o que se cobra para esse tipo de serviço. Ao participar, os artistas têm acesso a diversas orientações e profissionais para realizar o serviço demandado, desde a gravação e produção musical, passando pelo audiovisual e até pelas estratégias de lançamento e o registro das obras. Outros serviços ou videoclipes mais complexos, com outros formatos e custos, também podem ser acessados elaborando novos consórcios, tornando o projeto replicável.
Mas o consórcio é uma das possibilidades lançadas pela Act, já que os artistas podem também contratar os serviços de forma direta. “Buscamos artistas independentes que queiram de fato consolidar uma carreira artística profissional. Vemos muito desespero de artistas em lançar suas músicas sem registrar, sem planejar. Nossa ideia é dar mais segurança e profissionalismo”, explica o produtor.
No final de janeiro, a Act ainda realizará a gravação de dez videoclipes de artistas selecionados, que serão “presenteados” com as obras audiovisuais com suas músicas, que devem ser apresentados em março, junto com o lançamento oficial da start up.