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​Tradicional Festa de Iemanjá em Camburi será na próxima sexta

Mais na Coluna: Deck; Comida de Santo; Imigração Italiana; Exposição “Carne Viva”

A entrega do balaio de Iemanjá, na próxima sexta-feira (2), chegará a 41ª edição, mas será a 1º com a festa já integrando o calendário de festas de Vitória. A novidade, segundo a mãe de santo Edineia Cabral, a Mãe Neia, é motivo de muita felicidade. A inclusão da festividade no calendário foi possível por meio de uma proposta do vereador André Moreira (Psol), aprovada na Câmara Municipal em novembro último.

Leonardo Sá.

A mãe de santo, do Nzo Musambu ria Kukuetu, ou simplesmente, Barracão de Mãe Néia, em Bairro de Fátima, na Serra, é a idealizadora da entrega do balaio, que acontece anualmente no píer em homenagem à Orixá, na Praia de Camburi. “A inclusão no calendário foi uma aceitação da festa perante o Estado, um respeito à nossa cultura, isso é muito importante para mim. Só tenho a agradecer”, diz.

Programação

Maresia

Um cortejo sairá às 14h do Barracão para chegar às 15h na praia, onde será realizada a gira. A comitiva será recepcionada pelo grupo de capoeira Barra Vento. Após a gira, os filhos de santo embarcam em uma lancha na altura do supermercado São José para jogar as oferendas no mar.

Deck

Durante muitos anos, a tripulação, com as oferendas, embarcava em uma escuna após a gira, tendo o próprio píer como ponto de partida. Contudo, com o sucateamento do deck, isso ficou impossibilitado. Vencida a etapa de inclusão da festa no calendário de eventos da Capital, a reivindicação da mãe de santo, agora, é a reforma do deck.

Deck II 

Redes Sociais

A reforma do deck já foi solicitada pelo vereador Anderson Goggi (PP) por meio de uma indicação feita por ele em dezembro último, antes do recesso parlamentar, à gestão do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos). À coluna, Goggi informou que a indicação foi sugerida pelo vereador André Moreira (Psol) com base no fato de ele ser um parlamentar da base do gestor, portanto, com mais chances de o pedido ser acatado pelo Executivo. “Corro todos os dias ali e o pedido do André me despertou o olhar para ver como o deck estava. Fiz, ainda, uma outra indicação, que foi para disponibilização de banheiro químico no dia da festa”, diz.

Comida de santo

Outra atividade que se tornou tradição na festa organizada por Mãe Neia é a distribuição de comida de santo, todas de origem africana, após a chegada da tripulação, vinda do mar depois de ofertar as oferendas. Algumas iguarias que serão distribuídas são Bolinho de Nanã; manjar, ofertado a Iemanjá; mungunzá, de Oxóssi; e acarajé; de Yansã. “São comidas que nos fazem bem e que são ofertadas para as divindades’, diz a mãe de santo.

Mais festejo 

Quem pensa que o festejo acaba por aí está enganado. Por volta das 20h começa a gira no Barracão, no Bairro de Fátima. Mas a coluna recomenda chegar bem antes para conseguir lugar para sentar, pois normalmente lota. No final da gira haverá dois tipos de quitutes, os quais Mãe Néia chama de “comida típica e comida normal”. As comidas típicas são as mesmas servidas no píer. A “normal” são, por exemplo, bobó de camarão e peixe assado, ou seja, pratos feitos com frutos do mar, já que a orixá homenageada é conhecida popularmente como rainha do mar. Quem não puder ir ao Barracão pode continuar se energizando na praia de Camburi, já que ao longo dela é comum que várias casas de Umbanda e Candomblé costumem estar no local.

Imigração Italiana

APES

A comunidade italiana capixaba também está em festa. Em 17 de fevereiro tem início as comemorações dos 150 anos da imigração italiana no Brasil, com uma encenação dos momentos que marcaram a chegada da primeira grande leva de imigrantes ao País. Foi nessa mesma data, em 1874, que o veleiro La Sofia desembarcou na baía da capital capixaba, trazendo 386 camponeses, um padre e um médico. A Expedição Tabacchi é assim chamada por ter sido liderada por Pietro Tabacchi, que emigrou de Trento para o Espírito Santo em 1850, onde adquiriu uma propriedade em Santa Cruz, na cidade de Aracruz, norte do Estado. Em 1871, ele pediu autorização ao Governo do Brasil para trazer imigrantes para a sua propriedade.

Cortejo marítimo

APES

Um grupo representando as primeiras 80 famílias que por aqui chegaram se vestirá como seus antepassados para embarcar em um navio semelhante ao La Sofia, na Praça do Papa, para participar de um cortejo marítimo com mais de 40 barcos e desembarcar no Porto da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), no Centro. A programação também contará com a caminhada de todas as famílias pela escadaria Bárbara Lindenberg, passando pelo Palácio Anchieta para chegar à Catedral Metropolitana de Vitória, onde será celebrada uma missa em italiano. Todo o trajeto terá a presença de bandas, grupos de dança e grupos folclóricos espalhados pela região.

Exposição “Carne Viva”

Savya Alana

O Centro Cultural Eliziário Rangel, na Serra, recebe no primeiro trimestre a exposição Carne Viva, da artista visual Savya Alana. A abertura será neste sábado (27), às 19h, na Galeria Benedita Torreão, no segundo andar do Elisiário Rangel, e contará com bate papo e música ao vivo . A exposição trará experimentações artísticas que abordam a presença do feminino “em nós, na natureza, na arte e na escrita”.

Aquarelas

Na exposição Carne Viva o público vai poder conferir aquarelas que a artista pintou a convite da escritora Lívia Corbellari para ilustrar a segunda edição de seu livro de poemas, que tem o mesmo nome da exposição. Durante o lançamento os visitantes vão poder baixar o exemplar na versão ilustrada pela artista Savya Alana, que estará disponível para download gratuito somente nesse dia. “A Savya trouxe uma nova leitura para os meus poemas. Agora, quem for ler o livro, além de ler os versos vai poder ler as ilustrações como uma nova camada de sentido e subjetividade” comenta Lívia.

Até a próxima coluna!

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