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Vila Velha pode aprovar bolsa de auxílio para artistas

Na Coluna CulturArte: Sistema Nacional de Cultura, revolta indígena no Espírito Santo, Bordadeiras de Burarama, teatro na Serra

POLÍTICA CULTURAL

Bolsa Cultura Luisa Grinalda

Foi encaminhado em regime de urgência para a Câmara de Vila Velha, o projeto de lei Bolsa Cultura Luisa Grinalda, que deve ser votado pelos vereadores na sessão ordinária de segunda-feira (28). O objetivo é apoiar até 600 artistas e trabalhadores da cultura da cidade impactados pela pandemia, com um apoio de quatro parcelas mensais de R$ 270. Entre os critérios estão ser domiciliado em Vila Velha, ter renda familiar mensal de até meio salário mínimo por pessoa ou até três salários mínimos, não ter emprego formal ativo e não receber outro benefício como seguro-desemprego ou auxílio emergencial. Se aprovada, a lei segue para sanção do prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos). O projeto tem previsão de R$ 648 mil.

A Bolsa Cultura homenageia Luisa Grinalda, esposa de Vasco Fernandes Coutinho, primeiro donatário da Capitania do Espírito Santo, que foi a primeira governante mulher do Espírito Santo. Foi ela que fez a doação para os franciscanos do local onde depois foi construído o Convento da Penha.

 

Festa em Nova Almeida é patrimônio cultural


Divulgação/ PMS

Foi sancionada na Serra a Lei 5308/2021, que declara a Festa de São Benedito e São Sebastião de Nova Almeida como Patrimônio Cultural Imaterial do Município. Segundo o prefeito Sérgio Vidigal (PDT), a lei visa a fortalecer e enaltecer o papel da tradição religiosa e cultural do município e permitir que a festividade tenha mais força na captação de recursos e na organização. O evento acontece tradicionalmente em Nova Almeida, tendo como ponto central a Praça da Igreja dos Reis Magos e como destaque a participação de bandas de congo, junto a outras atrações.

Regulamentação do Sistema Nacional de Cultura

Notícia importante vinda de Brasília é a aprovação na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados do Projeto de Lei (PL) 9474/2018, que regulamenta o Sistema Nacional de Cultura (SNC). A aplicação da Lei Aldir Blanc, com a descentralização de recursos emergenciais para todos estados e municípios do país foi um teste de como pode funcionar o SNC, um sonho antigo de muitos gestores culturais. A proposta de regulamentação segue agora para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. O trâmite do PL pode ser acompanhado por aqui.

Principais pontos 


A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) destaca como principais pontos da regulamentação a instituição do marco regulatório do SNC; o fortalecimento da cadeia de produção e identidade cultural; a garantia de processos de participação social; o mapeamento de serviços, áreas artísticas e equipamentos culturais num Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC); a afirmação da colaboração entre os entes federativos, com a possibilidade de sistemas interestaduais e intermunicipais; e a indicação dos mecanismo para gestão do Sistema Financeiro do SNC para efetivar a descentralização permanente de recursos.

DICA CULTURAL

Literatura

Aproveitando o ensejo, a dica literária é Capitoa, um romance histórico de Bernadette Lyra baseado na história de Luisa Grinalda. A obra foi lançada em 2014 pela editora Casa da Palavra e pode ser encontrada na Estante Virtual.

TERRITÓRIOS E DIVERSIDADE

Bordadeiras de Burarama

Tereza Dantas

Foi lançado o livro Bordei – Meninas Bordadeiras de Burarama, trabalho de 142 páginas que reúne 38 bordados do grupo do distrito de Burarama, em Cachoeiro de Itapemirim. Além dos desenhos, traz um pouco da trajetória de 34 bordadeiras da região. A obra pode ser baixada gratuitamente aqui e foi fruto de parceira entre a Associação de Moradores de Burarama e a Caju Produções, contando com recursos das Lei Aldir Blanc.

Livro analisa revolta indígena no Espírito Santo

Insurgentes Brasílicos: uma comunidade indígena rebelde no Espírito Santo Colonial é o nome do livro que será lançado pelo historiador Luís Rafael Araújo Correa sobre a Revolta de Reritiba, que ocorreu na época colonial na região que hoje é Anchieta, onde indígenas se rebelaram contra jesuítas e fugiram, fundando uma comunidade rebelde em Orobó, região hoje em Piúma. História pouco conhecida ainda pelos capixabas, vem sendo pesquisada recentemente por historiadores. O livro está em campanha de financiamento coletivo e quase atingindo sua meta mínima de pré-venda. 

CALENDÁRIO

Mulheres artistas na Ufes

A Galeria Espaço Universitário, localizada na Universidade Federal do Estado (Ufes), dará início a uma nova exposição virtual na próxima semana. Serão apresentadas obras de 22 mulheres que fazem parte do acervo local, com curadoria de Ananda Carvalho. Fique ligado no Instagram @gaeu.ufes.

Festival de Teatro na Serra

O Centro Cultural Eliziário Rangel prepara o 1º Festival de Cenas Curtas de Teatro da Serra, que acontece de 17 a 25 de julho com 21 apresentações online de esquetes, além de oficina e roda de conversa. Se trata de um festival não-competitivo no qual cada esquete selecionada receberá um cachê de participação. As inscrições para apresentações estão abertas aqui. Toda programação será gratuita pelos perfis do Eliziário no YouTube, Facebook e Instagram.

Festival de Música Barroca

Outra agenda para julho é o I Festival de Música Barroca do Espírito Santo, que acontecerá de 12 a 24 de julho no Centro Cultural Sesi, em Vitória. Haverá atividades online e presenciais incluindo master classes, palestras, mesas redondas, recitais, concertos, ensaios abertos e lançamento de livro em homenagem ao cravista Roberto de Regina. Inscrições pelo site http://acrisorg.wordpress.com.

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