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​Adufes realiza ato contra ataque LGBTQIAfóbico sofrido pela entidade

Bandeiras do Movimento LGBTQIA+ foram retiradas da fachada do sindicato. A Adufes irá registrar BO e acionar o MPES

Adufes

A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Adufes) realizou, na tarde desta terça-feira (28), um ato contra o ataque LGBTQIAfóbico sofrido pela entidade. O protesto contou com a participação de estudantes, técnicos e docentes, além de representantes de movimentos sociais. A presidente da entidade, Junia Zaidan, informa que as filmagens do local foram solicitadas para a Reitoria da Ufes, para que seja registrado Boletim de Ocorrência (BO). O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) também será acionado.

A motivação para o ato, que contou com leitura de poema e de uma nota de repúdio, foi o fato de que uma bandeira do arco-íris, colocada na fachada do prédio, em alusão ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, comemorado nesta terça, foi retirada. A outra, rasgada. No local foram afixados cartazes questionando a comemoração desta terça com a pergunta “hétero faz propaganda?” e a afirmação “homossexual precisa fazer propaganda para saber o que é”.

Adufes

Em sua nota, a Adufes afirma que “o crime cometido nesta madrugada não foi apenas contra nossa sede, nem somente contra nossa posição política a respeito das múltiplas formas de opressão. O crime cometido foi direcionado à existência mesma das pessoas LGBTQIA+ e isso não será tolerado, mas tratado pela Adufes a partir do devido reconhecimento de sua gravidade”.

A entidade destaca que “a LGBTQIA+fobia é tipificada como crime pelo Superior Tribunal Federal [STF] e tem sido objeto de luta jurídica e também de movimentos, coletivos e entidades de organização da classe trabalhadora e da sociedade civil, o que, contudo, não tem sido suficiente para refrear os recorrentes casos de violações de direitos humanos e a quantidade de assassinatos de pessoas LGBTQIA+”.

Adufes

A Adufes salienta ainda que o Brasil é “um dos países mais violentos do mundo para pessoas LGBTQIA+”, além de viver “um contexto de obscurantismo, retrocessos e violência em franco ascenso, expressos tanto no ataque LGBTQIA+fóbico ora repudiado, quanto nos atos de vandalismo recentes que temos enfrentado, que resultaram na destruição de faixas de defesa da universidade pública e invasão de nossos espaços virtuais”.

O sindicato finaliza a nota reafirmando sua posição contrária a “todas as formas de opressão e violência e seguiremos lutamos ombro a ombro por uma sociedade para todas, todos, todes, respondendo sempre à altura, quando a intolerância e o ódio derem as caras nos espaços que continuaremos ocupando altivamente”.

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