Desde a privatização, em 2022, categoria protesta contra os critérios adotados pela nova empresa Vports
O presidente da Federação Nacional dos Estivadores (FNE) e do Sindicato dos Estivadores do Espírito Santo (Sindestiva-ES), José Adilson Pereira, voltou a denunciar, desta vez na Assembleia Legislativa, que a empresa Vports, vencedora da licitação da compra da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), privatizada em 2022, vem assediando moralmente os trabalhadores para adesão ao plano de demissão.
O sindicalista apontou que a privatização provocou um aumento do custo portuário, que tem onerado os operadores, em especial os menores, e que pode fazer o porto perder competitividade diante dos concorrentes. “Os setores dizem que a tarifa portuária está subindo, enquanto isso, o governo federal faz a tarifa cair (para os portos públicos) e, daqui a pouco, o Espírito Santo vai ser o mais caro. Vamos perder cargas e empregos”, alertou.
Como exemplo, citou que apenas a possibilidade de privatização do Porto de Itajaí, em Santa Catarina, no governo anterior, fez várias empresas pararem de operar na cidade, o que causou desemprego e perda de arrecadação para a prefeitura do município.
Os trabalhadores concursados da Codesa vêm se movimentando também junto à Advocacia Geral da União (AGU), para dar prosseguimento ao processo para definir os critérios de transferência para órgãos públicos. O prazo para adesão ao PDIV, previsto para maio, foi prorrogado para a conclusão dos trâmites de realocação.