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Audiência pública debate processo de privatização dos Correios

Antônio Braga, presidente do Sintect/ES, defende que é preciso mostrar os prejuízos para a sociedade

A privatização dos Correios e seus impactos serão temas de audiência pública nesta terça-feira (29). A iniciativa é fruto de solicitação do Sindicato dos Trabalhadores em Empresa de Correios, Prestação de Serviços Postais, Telégrafos, Encomendas e Similares do Espírito (Sintect/ES). “As pessoas precisam saber das consequências”, defende Antônio José Alves Braga, presidente da entidade. Entre os resultados negativos, ele aponta o aumento do valor dos serviços e o que ele chama de “apagão postal”.

O pedido de audiência, segundo Antônio, foi feito diante da importância que os Correios, como empresa pública, têm para a sociedade. O debate será realizado pelos mandatos do deputado federal Helder Salomão (PT) e da deputada estadual Iriny Lopes, ambos do PT. A transmissão será às 19h, por meio de live no Facebook dos parlamentares.

O “apagão postal”, explica o sindicalista, está no fato de que, caso seja privatizado, os Correios não terão mais obrigatoriedade de estar em todos municípios do Brasil. “As empresas privadas não vão querer atuar em locais que não geram lucro”, afirma.

Outro ponto importante da audiência, como informa Antônio, será a possibilidade de a sociedade ouvir o lado dos trabalhadores. Ele afirma que, muitas vezes, diante da insatisfação das pessoas com os serviços dos Correios, o trabalhador é acusado de preguiçoso. Entretanto, explica, os funcionários sofrem uma série de restrições ao seu trabalho, que impactam na qualidade do serviço e tem como objetivo convencer a população de que os Correios precisam ser entregues à iniciativa privada.

Uma dessas restrições é que os carteiros não podem passar todos os dias na mesma rua. Ele aponta, ainda, a falta de funcionários. De acordo com Antônio, antes um trabalhador era responsável por fazer as entregas somente em um bairro. Atualmente, chegam a atuar em cinco, seis comunidades. Trata-se, afirma, do reflexo da falta de concurso público. O último, recorda o presidente do Sintect/ES, foi em 2011.

Em abril deste ano, a Câmara aprovou a urgência do projeto de privatização dos Correios. A previsão é de que ele seja votado em julho.

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