A organização não governamental (ONG) Criola lançou nesta semana a campanha “Racismo Virtual. Consequências Reais”, que consiste no posicionamento, em outdoors e outros tipos de publicidade urbanas, de mensagens de cunho racista postadas em redes sociais por pessoas que deixaram a ferramenta de geolocalização ligada. As mensagens são posicionadas em locais próximos de onde foram postadas.
Em Vila Velha, há um outdoor próximo ao local em que foi identificado que o usuário postou a mensagem racista em que se lê “Cheguei em casa fedendo a preto”. A ação visa provocar uma reflexão sobre os danos causados pelas mensagens racistas postadas na internet.
A campanha foi criada em parceria com empresas de mobiliário urbano com mensagens reais publicadas no Facebook contra a jornalista Maria Júlia Coutinho, alvo de comentários racistas em julho deste ano. Os nomes dos usuários que postaram as mensagens foram ocultados, já que não é a intenção expor as pessoas.
O objetivo da ação é conscientizar as sociedade para que reflita sobre as consequências antes de postar comentários racistas.
Além de Vila Velha, há outdoors em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul; em Americana, em São Paulo; e em Feira de Santana, na Bahia.
A Criola é uma organização da sociedade civil, conduzida por mulheres negras que atua na defesa e promoção de direitos das mulheres negras sob uma perspectiva integrada e transversal. A entidade visa a inserção de mulheres negras como agentes de transformação, contribuindo para a construção de uma sociedade fundada em valores de justiça, equidade e solidariedade.
