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Carreata pelas ruas de Vitória pedirá ‘Fora Bolsonaro e Mourão’

“Dia de luto, dia de luta”, nesta sexta-feira, também vai denunciar falta de diálogo do Governo do Estado

Em sintonia com a mobilização nacional, trabalhadores do Espírito Santo irão aderir à carreata “Dia de luto, dia de luta – Em Defesa da Vida e do Emprego – Fora Bolsonaro/Mourão”, que acontece em todo o Brasil nesta sexta-feira (7). No Espírito Santo a concentração será às 8h, no Tancredão, em Vitória. A saída está prevista para as 10h, rumo ao Palácio Anchieta. O ato é organizado pelo Fórum Capixaba em Defesa da Vida dos Trabalhadores e Trabalhadoras, que conta com cerca de 50 entidades, entre movimentos sociais, coletivos, sindicatos e centrais. 

Segundo a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Clemilde Cortes, além da defesa da vida e do emprego, a carreata também tem como objetivo ressaltar a democracia. “Os movimentos irão levar suas bandeiras e denunciar a retirada de direitos, que não atinge um segmento só, e sim tem prejudicado a classe trabalhadora como um todo”, afirma.

O diretor do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários), Carlos Pereira de Araújo, o Carlão, salienta que, no Espírito Santo, o ato também tem como objetivo denunciar e pressionar o governo Renato Casagrande (PSB). Ele destaca que o governador cedeu à pressão e não dialoga com a sociedade civil.

“Casagrande abandonou o povo. Queremos que ele nos ouça, mude sua postura, pois ela é covarde. Ele insiste em virar as costas para a sociedade. A saúde virou problema individual”, diz Carlão, que destaca que o poder público estadual não garante, durante a pandemia do coronavírus, apoio aos trabalhadores e aos micros, pequeno e médio empresários. “Casagrande mantém uma política econômica de isenção fiscal, beneficiando as grandes empresas”, denuncia.


Outdoor Fora Bolsonaro

O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe-Ifes), uma das entidades que fazem parte do Fórum Capixaba em Defesa da Vida dos Trabalhadores e Trabalhadoras, colocou outdoors contra o governo Bolsonaro em Vila Velha e Ibatiba, sul do Estado. Com os dizeres “A morte não pode governar o Brasil – Fora Bolsonaro”, os outdoors serão instalados em outros municípios capixabas, afirma o sindicato.
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Segundo o Sinasefe, a iniciativa foi deliberada na Plenária Nacional do Sinasefe, sendo, portanto, uma decisão que atinge todo o território nacional. “O objetivo do painel é chamar atenção da sociedade sobre a forma de condução do governo Bolsonaro sobre as políticas de saúde. A pandemia de Covid-19 nos colocou frente a situações inéditas para a sociedade e, especial, além da área da saúde, a da educação. Apesar dos números alarmantes de contaminados e de vítimas e dos impactos sociais e emocionais, diversas autoridades públicas desses setores têm tomado decisões equivocadas que vão na contramão da garantia do direito à educação e do direito à vida, principalmente”, enfatiza.

De acordo com o sindicato, por causa dos outdoors, a entidade está sofrendo ataques cibernéticos de defensores do governo federal. “O Sinasefe-Ifes não se intimidará diante destes ataques. O sindicato tem ocupado vários espaços de debate no Espírito Santo, fazendo a defesa pelo direito à educação e uma educação pública, gratuita e de qualidade, porém, não se trata apenas de lutar pela educação, em meio a pandemia, mas sim, de zelar pela vida de nossos trabalhadores e estudantes, pela preservação da saúde física e mental, considerando que este quadro gera desorganização em nossas vidas. Embora excepcional, o momento não permite medidas que conduzam a população à morte e ao sofrimento”.

Para o Sinasefe, também é preciso fortalecer princípios constitucionais e garantir os direitos sociais, atacados de maneira constante pelo Governo Federal. “O outdoor foi uma forma crítica mas construtiva de contribuição para conscientização da sociedade, afinal, já estamos próximos dos 100 mil mortos pela Covid. E cada uma dessas pessoas não pode entrar, apenas, em um dado estatístico frio e desumanizante. São mães, pais, avós, tios, sobrinhos, enfim, são pessoas, cidadãos. É nosso papel olhar para essas políticas e criticá-las, a fim de poder criar mecanismos, decisões, medidas, mais realistas para retomada de nossas vidas. E é nosso papel buscar respostas para os problemas que elas geram, e cobrar dos responsáveis agora, e no futuro”, conclui. 

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