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‘Categorias esperavam um reconhecimento compatível com a arrecadação’

Abono anunciado por Casagrande frustrou expectativa dos servidores estaduais

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Hélio Filho/Secom

O governador Renato Casagrande (PSB) anunciou, nesta segunda-feira (25), o envio de um projeto de lei à Assembleia Legislativa que prevê o pagamento de abono salarial. A proposta estabelece que os servidores em geral receberão um abono de R$ 1 mil, enquanto os servidores da Secretaria de Estado da Educação (Sedu) terão um valor de R$ 3,8 mil. Diante do saldo positivo das contas estaduais, porém, o abono de R$ 1 mil ficou aquém do que muitas categorias esperavam, observou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Espírito Santo (Sindipúblicos-ES), Iran Milanez Caetano. 

“Esse abono de R$ 1 mil gerou uma frustração muito grande nas categorias, que esperavam um reconhecimento que fosse compatível com o aumento da arrecadação, que é fruto do trabalho dos servidores públicos”, afirmou. 

A expectativa era de que o pagamento deste ano fosse superior ao do ano passado, considerando que a arrecadação do Estado apresentou um crescimento significativo, especialmente após o superávit de R$ 6,5 bilhões registrado no orçamento do Estado em 2023. No entanto, a proposta apresentada manteve o mesmo valor. O abono contempla 73,4 mil servidores de diversas áreas, incluindo ativos (estatutários, celetistas e contratados por designação temporária), aposentados e pensionistas, e 23 mil profissionais ativos da Educação.

Outro ponto de crítica para o sindicato é a falta de avanço nas negociações de reajustes salariais. No início deste ano, o índice foi de apenas 5%, bem abaixo dos 14,38% reivindicados pelos servidores. “A gente sente que o governo tem mais orçamento e poderia ter feito as revisões de carreira, principalmente das categorias que foram deixadas de fora”, destacou Iran, referindo-se às carreiras da base, que não foram contempladas pelas revisões, exceto por ajustes específicos para aposentados.  

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Embora no último ano o Sindipúblicos tenha conquistado um reajuste do valor das diárias e do auxílio-alimentação, que estavam congelados há anos, além da reestruturação de cargos extintos na vacância, com um incremento salarial de 10%, o presidente do sindicato reforçou que a reestruturação das carreiras permanece pendente, com a maioria dos servidores sem uma revisão salarial que minimize as distorções existentes e proporcione uma melhoria nas condições de trabalho e remuneração. 

Segundo ele, a pauta uma das principais prioridades para 2025, com foco na correção das perdas acumuladas ao longo dos anos e na necessidade de uma revisão salarial abrangente. Além disso, ressaltou a importância de uma mobilização conjunta, abrangendo todas as categorias de servidores públicos, com o objetivo de garantir os direitos de mais de 90 mil trabalhadores do Estado. Ele também alertou para o problema da evasão no serviço público, com cerca de 30% dos aprovados em concursos não assumindo os cargos ou abandonando-os pouco tempo depois, devido à falta de valorização salarial.

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