O programa Cidadania nos Presídios, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), vai iniciar uma nova etapa no Estado com a implementação de mais um eixo do programa, que é a ressocialização de egressos do sistema prisional através do Escritório Social. A iniciativa une a os poderes públicos e a sociedade civil com o objetivo de solucionar questões que podem reduzir a reincidência criminal, como a inclusão social dos ex-detentos e o apoio às suas respectivas famílias.
O Escritório Social pretende reunir em um só local todos os órgãos e instituições que podem auxiliar o egresso do sistema carcerário a superar as barreiras e dificuldades encontradas no primeiro momento de contato com a liberdade. A idéia é que uma equipe multidisciplinar fique à disposição dos egressos e dos familiares deles para dar apoio e orientação em serviços de assistência à saúde assistência psicossocial, qualificação, capacitação e encaminhamento profissional.
Outro objetivo do projeto é individualizar as demandas dos egressos, oferecendo um atendimento de maneira particular e respeitando a identidade de cada um.
A previsão é que o Escritório Social comece a funcionar em abril deste ano, em uma estrutura que está sendo montada no Centro de Vitória.
Para o coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Cumprimento de Medidas Socioeducativas (DMF) do CNJ, juiz auxiliar da presidência Luís Geraldo Sant’Ana Lanfredi, o Escritório Social promove a articulação dos serviços federais, estaduais e municipais de forma inédita já que, até o momento, as políticas públicas existentes não conversavam entre si. O que o CNJ pretende é sistematizar as políticas que já existem.