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Coletivo feminino utiliza a arte para denunciar violência contra a mulher

Evento em São Torquato, no próximo domingo, terá oficinas, rodas de conversa, grafite e atrações culturais

O coletivo Nossa Voz Mulheres, que reúne mulheres periféricas, realiza no próximo domingo (12) o Encontro das Deusas, em São Torquato, Vila Velha. A programação conta com atividades artísticas, rodas de conversas e oficinas, que serão utilizadas como instrumento de denúncia da violência contra a mulher, mas também de formação e informação sobre como e onde denunciar, e orientações para reconhecer um relacionamento abusivo.

“Vamos utilizar a arte como instrumento de denúncia através do grafite; de escuta, através da roda de conversa; e de empoderamento, por meio das oficinas. Normalmente, as mulheres pretas periféricas não têm informação sobre como denunciar e identificar um relacionamento abusivo. A informação não chega, mas vamos levar de forma criativa”, diz uma das integrantes do Nossa Voz Mulheres, Val Nunes.

A programação começa às 10h, com ações de grafite em madeirite, que depois farão parte de uma exposição itinerante que ainda será organizada. A programação da tarde começa a partir das 14h, com a oficina de skate, ministrada pela professora de educação física Aline Dantas. Em seguida, terá uma roda de conversa sobre relacionamento abusivo, com foco nas adolescentes.
Também será realizada uma oficina de defesa pessoal, ministrada pela professora de Jiu Jitsu Drika Moraes, seguida da roda de conversa sobre violência contra a mulher. A última oficina será a de DJ, com Deb Feme.

Entre as atrações culturais, está o congo da Barra do Jucu, mas com um diferencial: a apresentação será feita somente por mulheres, com a presença da única e primeira mulher a ser mestre de congo, Beatriz Rego.

“Nas bandas de congo, as mulheres não tocavam tambor, apenas dançavam e carregavam a bandeira”, diz Val, que explica que as oficinas de skate e DJ, por exemplo, são uma forma de empoderamento, pois são atividades que a sociedade encara como masculinas, mas que não há impedimento nenhum para que as mulheres possam exercê-las. A de DJ, acrescenta, possibilita ainda que elas aprendam uma profissão e tenham renda. 
O Coletivo Nossa Voz Mulheres surgiu em 2020, quando realizou um evento de cunho artístico, formativo e informativo, em Paul, Vila Velha, com foco nas mulheres periféricas. Na ocasião, também foram feitos protestos referentes ao caso da promoter Mariana Ferrer, humilhada durante audiência na Justiça durante o julgamento do homem acusado de tê-la estuprado.


O evento do próximo domingo será na rua Leopoldina, nº 720.

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