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Comissão de Assistência Social da Assembleia debate a realidade da socioeducação

A importância de implementar a socioeducação no Espírito Santo foi debatida em reunião ordinária da Comissão de Assistência Social, realizada na tarde desta segunda-feira (24). O tema foi apresentado pela assistente social do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Estado (Iases), Clerismar Lyrio.

“A humanidade está se autodestruindo por conta da desumanização, por conta da violência, do abandono, que requer pensar e discutir a socioeducação. Hoje a prática de ato infracional por adolescente é recorrente na sociedade. Esses adolescentes fazem parte de uma sociedade e é preciso pensar num trabalho que dê condições de reposicioná-los, trabalhar a inclusão social. Precisa pensar na socioeducação”, ressaltou.

A representante do Iases destacou que é preciso pensar o adolescente como protagonista e que seja visto não como o problema, mas como a solução. “O jovem, hoje, precisa trabalhar essa perspectiva que está na sociedade e que os atos que vem praticando são resultado desse mundo considerado moderno. A socioeducação precisa se articular com políticas de saúde, educação, entre outras, para garantir o atendimento de qualidade”, avaliou.

Na visão de Clerismar, ela deve ser bifurca, ou seja, com o foco tanto quando o adolescente entra no sistema socioeducativo, mas também como medida protetiva ainda na comunidade para evitar que a criança venha cometer posteriormente o ato infracional. “A ação socioeducativa tem caráter pedagógico e social. A nível nacional percebe que é mais fácil atuar de forma repressiva e controladora do que em uma lógica social, de resgate da cidadania e no seu processo de socioeducação”, afirmou. A convidada também destacou o papel das câmaras municipais e da Assembleia Legislativa neste processo de assumir a socioeducação como política.

A presidente do colegiado, deputada Eliana Dadalto (PTC), disse que até o fim do ano será realizada audiência pública sobre o tema. Na reunião, também foi aprovado o Projeto de Lei 23/2015, de autoria da parlamentar, que inclui o termo “socioeducação” no nome da Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional.

O deputado Padre Honório (PT) destacou que é preciso buscar alternativas para ajudar e colaborar. “O que falta nos gestores é amor, qualquer ser humano quando chega amor, a violência vai embora. Como estamos tratando nossas crianças? Muitas vezes queremos jogar para longe o problema com coisas simples. Vejo que todo esforço é pouco”, frisou.

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