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Conselho de Direitos Humanos repudia crescimento de mortes por arma de fogo

O Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH) divulgou nota pública repudiando e lamentando o aumento no número de mortes por armas de fogo no País. O Mapa da Violência 2015 – Mortes Matadas por Arma de Fogo, divulgado nesta quinta-feira (14), aponta que foram mortas 42.416 pessoas em 2012 por disparo de arma de fogo, o equivalente a 16 mortes por dia. 
 
 
Para a entidade, é lamentável ver o Congresso Nacional discutindo mudanças e até a revogação do Estatuto do Desarmamento, bem como a redução da maioridade penal, contrariando a realidade social e desconsiderando por completo as pesquisas e as estatísticas apresentadas que mostram que a mudança nestas leis não reduzirá a violência. 
 
O CEDH salienta que essas medidas, incorporadas ao discurso punitivo e seletivo adotadas pelo parlamento amplificam a sensação do medo e o sentimento de vingança social que só interessam à indústria do armamento. “A tragédia em que estamos imergidos, marcada pela descartabilidade da vida humana e fortemente vinculada a um excludente modelo de socialização das riquezas, exige de todos nós, sociedade e estado, a construção de um novo paradigma de segurança pública”, diz a nota.
 
Segundo a entidade, as políticas de desarmamento e as legislações vigentes devem ser fortalecidas. O fácil acesso a armas no País é uma realidade que merece mais atenção do estado e conscientização da sociedade. 
 
Segundo lugar
 
O Espírito Santo, assim como em outros anos, ostenta a ingrata segunda posição dentre os estados em que mais se mata por arma de fogo, só perdendo para Alagoas. A taxa de mortes por arma de fogo registrada em 2012 (ano base do estudo) foi de 38,3 mortes por grupo de 100 mil habitantes. Entre jovens a taxa ficou em 91,8 por 100 mil, demonstrando a seletividade nas mortes. 
 
Entre 2002 e 2012 houve variação de 38,8% nas mortes por arma de fogo, considerando a população total. Já entre 2011 e 2012 houve redução de 1,5% na taxa de mortes.
 
Entre os jovens, as taxas variaram em 9,3% em 10 anos, sendo que houve queda de 2,1% entre 2011 e 2012.
 
O Mapa da Violência 2015, assim como outros estudos já haviam apontado, mostra que os negros são as principais vítimas de mortes violentas no Estado.
 
De acordo com o Mapa, em 2012 foi registrada taxa de 53,6 mortes por grupo de 100 mil, enquanto a de brancos ficou em 9,3 por 100 mil. Entre 2003 e 2012 a morte de brancos variou negativamente em 38,1% e a de negros variou positivamente em 44%.

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