O Conselho Estadual da Juventude (Cejuve) divulgou nota pública cobrando a abertura imediata do diálogo com o atual governo para que seja retomada a pauta apresentada durante as eleições e dada continuidade ao processo de construção de políticas voltadas para os jovens no Estado.
O conselho ressalta a importância do diálogo e da construção coletiva para continuidade e fortalecimento das Políticas Públicas de Juventude (PPJs). Durante o processo eleitoral, em 2014, o Cejuve apresentou aos candidatos o Pacto em Defesa da Juventude.
No pacto, o conselho pauta a necessidade de criação da Secretaria de Estado da Juventude com estrutura administrativa, técnica e orçamentária similar às demais pastas; aprovação e implementação do Plano Estadual de Juventude a ser construído com ampla participação social; instituição do Fundo Estadual de Juventude com objetivo de captar recursos e fomentar ações desenvolvidas nas mais diversas áreas; fortalecimento do Cejuve com aporte administrativo, financeiro e técnico para viabilizar as ações planejadas; implementação de um Plano de Enfrentamento à Violência Contra a Juventude Negra; e criação da Universidade Pública Estadual, garantindo o tripé pesquisa, ensino e extensão e políticas de assistência e permanência estudantil.
No Estado, um jovem negro tem quase seis vezes mais chances de ser vítima de homicídio do que um branco, de acordo com o Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade, que teve versão preliminar divulgada na última sexta-feira (9).
O estudo também ressalta que o Estado tem a maior taxa de homicídios de jovens negros registrada entre os demais da região Sudeste, com 126,1 mortes por grupo de 100 mil habitantes, seguido por do Rio de Janeiro (71,3) e de Minas Gerais (57,3). São Paulo apresenta a menor taxa da região, registrando 30,9 homicídios de jovens negros por 100 mil em 2012, que é o ano-base do levantamento. Ainda assim, naquele estado, a taxa de homicídios entre jovens negros é 49,1% superior à taxa de homicídios entre jovens brancos.