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Contra a reforma trabalhista, bancários fazem protesto no Santander

O Santander desrespeita a convenção coletiva da categoria e anuncia que irá fazer acordos individuais de banco de horas. A denúncia é do Sindicato dos Bancários (Sindibancários). 
 
Para manifestar o descontentamento, os funcionários do Santander realizaram na manhã desta quarta-feira (31) uma ação sindical nas agências da Reta da Penha (Superintendência), Vila Velha, Enseada do Suá e Cachoeiro de Itapemirim. Nestas agências, o expediente começou às 10h, em protesto contra a implementação das medidas da reforma trabalhista no banco.
 
O Sindibancários informou que o Santander anunciou na última semana que começará a praticar acordos individuais de banco de horas, como prevê a nova Consolidação das Leis de Trabalho (CLT).
 
O sindicato explica que na prática a medida significa que a jornada de trabalho dos bancários, de 6 horas diárias, poderá ser estendida sem obrigatoriedade de pagamento de hora extra. Se feito o acordo individual, essas horas extraordinárias serão incluídas no banco de horas e compensadas posteriormente.
 
Caso o banco efetive a negociação de banco de horas, estará ferindo a convenção coletiva da categoria, válida até setembro de 2018, que determina que as horas extras dos bancários devem ser pagas com adicional de 50%, como prevê a cláusula 8ª.
 
Além dos prejuízos diretos de estabelecer uma jornada exaustiva, como aumento do estresse e o consequente adoecimento dos empregados, a preocupação do sindicato é que a medida inaugure uma sequência de mudanças prejudiciais aos trabalhadores, sendo a principal delas a substituição de bancários por empregados com contratos precários, como terceirizados, Pessoa Jurídica (PJ), ou com jornada intermitente.
 
O alto número de demissões mostra que os bancos já estão se preparando para isso. No Santander, entre junho de 2016 e junho de 2017, foram cortados 2.281 postos de trabalho. Só em 2017 foram 33 demissões no Espírito Santo. A ação desta quarta-feira faz parte de um dia nacional de mobilização contra a aplicação da reforma a trabalhista nos bancos. Outras manifestações semelhantes devem ocorrer ao longo da semana.
 
Segundo o Sindibancários, no total os bancos demitiram 422 trabalhadores no Espírito Santo em 2017. No país, 17.905 postos de trabalho foram extintos no setor, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

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