A decisão do colegiado deve ser publicada no Diário Oficial da União ainda nesta semana. Em novembro de 2014, em uma discussão sobre cotas na universidade, ele teria afirmado que “o nível da educação está tão baixo que o professor não precisa se qualificar mais para dar aula, já que os cotistas, na sua maioria, são negros, pobres, sem cultura e sem leitura, são analfabetos funcionais”. O professor ainda afirmou que “detestaria ser atendido por um médico ou advogado negro”.
Em entrevistas posteriores às declarações em sala de aula o professor confirmou as afirmações sobre sua posição de que os estudantes beneficiados pelas cotas são intelectualmente inferiores. Entretanto, Malaguti disse não considerar a posição como racista.
A partir da publicação da decisão no Diário Oficial da União é aberto o prazo para recurso. O professor poderá recorrer tanto na Justiça Federal, quanto no Conselho Universitário.
O colegiado também analisou outro caso de discriminação que envolve o professor Malaguti. Ele foi denunciado por estacionar seu carro em local irregular, obstruindo a rampa de acesso ao prédio para o qual um estudante que se locomove com cadeira de rodas se direcionava. O professor só retirou o carro depois de 30 minutos de insistência por parte dos alunos e ainda tratou os estudantes de forma desrespeitosa. Por esse caso, a Coordenação de Procedimentos Disciplinares determinou a suspensão do professor por dez dias.