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Cozisul vai prestar esclarecimentos sobre contratos com a Sejus na Assembleia

A Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembleia Legislativa vai promover, na próxima terça-feira (12), uma audiência pública para que a Cozisul Alimentação Coletiva Eirelli preste esclarecimentos sobre os serviços prestados à Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). Em agosto, o contrato entre a empresa e a Sejus foi rescindido unilateralmente depois de constatado que a Cozisul havia fornecido alimentos impróprios para consumo humano para internos do sistema prisional.

No total, foram rescindidos 11 contratos para fornecimento de alimentação em diversas unidades prisionais de todo o Estado.

A Cozisul recebeu 380 notificações de irregularidades da pasta e um relatório da Gerência de Controle, Monitoramento e Avaliação de Gestão Penitenciária da própria Sejus apontou que  a empresa serviu para os internos cortes suínos processados que são utilizados na indústria para a alimentação de animais.

O relatório aponta que o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado (Idaf) confirmou que a carne industrial servida aos internos é de uso exclusivo na produção de embutidos e processados.

Os recortes de carne suína servidos aos internos causaram contaminação por Doença Transmitida por Alimento (DTA) nos presos, em virtude da presença de bactérias patogênicas e número elevado de estafilococos coagulantes positivas nos alimentos, que não deveriam ser consumidos por humanos.

Na época da divulgação do relatório, a empresa detinha 13 dos 34 contratos de fornecimento de alimentação a internos do sistema prisional, com faturamento em 2016 chegando a R$ 43 milhões.

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