Coletivo Mães Eficientes, que se reúne com Casagrande a cada três meses, critica exclusão de medida do governo
O governo do Estado anunciou a criação da Subsecretaria de Políticas para Pessoas com Deficiência, que ficará lotada na Secretaria Estadual de Direitos Humanos (SEDH). Contudo, o que aos olhos de muitos parece ser uma boa iniciativa, é questionado pelo Coletivo Mães Eficientes Somos Nós, que foi pego de surpresa com o anúncio. “A criação não foi discutida com as pessoas com deficiência [PCDs], veio de cima pra baixo. A Subsecretaria será mais um espaço para falar pela gente, mas sem a gente”, critica a integrante do Coletivo, Lúcia Mara Martins.
Ela destaca que criar uma Subsecretaria seria excelente para pensar a política macro para as PCDs, mas da forma como isso se deu, “não vai acrescentar nada”, tratando-se de “um lugar só para dizer que tem”. A integrante do Coletivo salienta, ainda, que o perfil do subsecretário, que ainda não foi informado sobre quem será, deve ser de alguém que “tenha conhecimento, gabarito para discutir a realidade das PCDs”. Caso contrário, reforça a possibilidade de a pasta ter sido pensada somente para “criar cargos”.
As reuniões trimestrais passaram a acontecer após um acampamento feito pelo Coletivo em frente ao Palácio Anchieta, em fevereiro de 2022. Inicialmente os encontros eram a cada 40 dias, depois, passaram a ser bimestrais, para, posteriormente, chegar na periodicidade atual. De acordo com Lúcia, o maior espaçamento entre os encontros foi porque, com o passar do tempo, algumas demandas foram encaminhadas, como a criação de uma Clínica Terapia ABA para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que funciona na Emescam.
“Por causa disso, das cinco mães do nosso coletivo que iriam como delegadas, apenas uma pôde comparecer. Dizer que pode levar o filho para a conferência é uma coisa, garantir a participação das mães nos debates é outra”, diz. Outra crítica feita por Lúcia foi ao fato de que a escolha dos delegados para a nacional foi feita um mês antes da conferência. “Primeiro tem que se discutir a política pública, depois escolher delegados”, defende.
Deficiência visual é a que mais afeta os capixabas
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