No encontro, os defensores apresentaram aos cerca de 80 munícipes presentes dados que apontam que entre novembro de 2015 e de 2016, foram feitos 716 encaminhamentos de crianças e adolescentes a tratamento especializado.
Os defensores também lembraram que um procedimento preparatório aberto pelo Núcleo Especializado da Infância e da Juventude em agosto de 2016 que pede a abertura do centro. A secretária municipal de Saúde de Cariacica, Stéfane Legran Macedo, esteve presente na audiência pública e disse que, quando o município encerrar a absorção do serviço do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Moxuara e Cidade vai iniciar a implementação do CAPSi.
Cariacica tem 381 mil habitantes, mas ainda não tem nenhuma unidade do CAPSi. Os adolescentes encaminhados a tratamento precisam se deslocar para a Serra ou Vitória – únicos municípios do Estado com o aparelho – para conseguir atendimento.
O CAPSi realiza o acolhimento, tratamento e reinserção social de crianças e adolescentes, com idade entre zero e 18 anos, que tenham transtornos mentais graves e persistentes. Podem fazer parte desses quadros pessoas com algum comprometimento psíquico e neuroses graves; aquelas com necessidades decorrentes do uso de drogas; e todos que, por sua condição, estão impossibilitados de estabelecer e manter laços sociais.
Os centros têm a função de evitar as internações psiquiátricas, mantendo essas pessoas no convívio social e familiar.