A mulher do capitão reside em Ecoporanga, no noroeste do Estado, a 305 km de Vitória. Ela esteve no QCG para visitar o marido quando, ao tentar acesso ao quartel, foi informada pelo sargento que fazia a triagem dos visitantes que não poderia entrar por uma pane no computador que teria a lista de autorizações para visita.
Para o presidente da Associação de Cabos e Soldados do Estado (ACS/PMBM-ES), sargento Renato Martins Conceição, a privação de visitas é temerária. “A visita é o momento do militar aliviar o sofrimento de estar sob grilhões. Se a falha é em sistema, como foi alegado, ela tem de ser corrigida, mas ao que tudo indica não houve falha”, diz ele.
Depois do impedimento, circulou em redes sociais a informação que o capitão teria surtado no confinamento, o que não foi conprovado. “Dar a conotação de que ele é desequilibrado e agiu como louco talvez seja uma forma de gerar na opinião pública uma visão ruim em relação ao Capitão Assumção”, completou o sargento.
O presidente da ACS disse, também , que a entidade entrou em contato com familiares e amigos do capitão que relataram que não é a primeira vez que a mulher é impedida de ter contato com ele na visitação e foi o mesmo sargento que gerou os outros impedimentos. “Na última negativa alegou que o sistema tinha travado e que ele não conseguiu verificar o nome dela na lista, mas é certo que conhece a esposa do Capitão Assumção, sabe quem ela é”.
A ACS já requisitou cópia das escalas para confrontar essa situação e verificar se em outras ocasiões o sargento foi quem estava fazendo o filtro na visitação para tomar medidas.